Diversão e Arte

Hector Abad e Daniel Polansk representam diversidade de Bienal em Brasília

Nahima Maciel
postado em 08/04/2012 12:42
Hector Abad e Daniel Polansky fazem literaturas completamente diferentes. O primeiro, afetivo e simpático à ideia de um possível papel político para a escrita, mora na Colômbia e faz da realidade do país fonte fértil de temáticas e histórias. O segundo, nascido em Baltimore, uma das cidades mais violentas dos Estados Unidos, modifica o mundo real e dá contornos de fantasia misturada ao clima de thriller policial a séries que conquistam os adolescentes.

Na 1; Bienal do Livro e da Leitura de Brasília, que começa dia 14, Abad participará da série de debates Jornada Literária da América Hispânica e lançará o segundo livro traduzido para o português, Livro de receitas para mulheres tristes, coletânea delicada e muito feminina de receitas para males que vão da tristeza à perda de palavras. Polansky vem lançar Cidade das sombras ; O guardião, em uma das muitas sessões de autógrafos planejadas para o mesmo evento.

O compromisso de Hector Abad é com a história da própria Colômbia. Em 2011, ele participou da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) e lançou A ausência que seremos, relato autobiográfico sobre o assassinato do próprio pai. Sanitarista engajado nas lutas pela justiça social, Hector Abad Gómez foi assassinado por matadores de aluguel nos anos 1980. O filho encontrou o corpo estirado na calçada e, três décadas mais tarde, decidiu que estava pronto para narrar o episódio.

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