Diversão e Arte

Consumo de livro é tema de debate no auditório do Café Literário

postado em 19/04/2012 15:53
O debate Como ampliar o consumo literário no Brasil, realizado nesta quinta-feira, não atingiu um grande público. Com o auditório do Café Literário quase vazio, Nadja Rodrigues (FNDE ; Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Ednilson Xavier (Associação Nacional de Livrarias) e Júlio Silveira (editor) trocaram ideias sobre o que é necessário para aumentar o consumo de livros no país sob mediação do Secretário da Educação do Distrito Federal, Denilson Bento da Costa.

O que era para ter sido um debate foi mais uma apresentação das ideias dos participantes. Nadja Rodrigues defendeu a importância dos programas governamentais para levar livros à escolas e bibliotecas em todo o país. ;O objetivo é buscar educação de qualidade para todos;, diz Rodrigues. Juntos, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), distribuíram 174 milhões de exemplares no ano passado, o que, de acordo com Nadja, é uma vitória para a sociedade. ;Estamos disponibilizando nas bibliotecas das escolas material de qualidade, livros premiados, clássicos da literatura universal, clássicos brasileiros, autores mais modernos, de forma a estimular esse processo de leitura;, explica.

O editor literário Júlio Silveira ressaltou que, segundo pesquisa realizada no ano passado, nos últimos 12 anos houve uma queda na quantidade de livros consumidos por brasileiros, mas não apresentou um número exato. Para Silveira, o crescimento aquisitivo da população deve mudar esse quadro nos próximos anos. ;As pessoas precisam para r de usar o livro como divisor social. Estamos evoluindo, em 20 anos ler vai ser uma coisa natural, não uma obrigação escolar;, explica o editor. Ele ainda reforça que a internet está abrindo uma ;janela de oportunidade; para ganhar o público mais jovem. ;Nessa geração a comunicação é escrita, através de redes sociais. Falta um escritor que se comunique com eles, que use a mesma linguagem. Da comunicação escrita para a literária é um pulo;, diz. Júlio parte do princípio de que os jovens querem comentar com os amigos e com outras pessoas sobre o que estão fazendo, logo, falta apenas um ;empurrão; para que comentem sobre o que estão lendo.

Por último, Ednilson Xavier falou sobre a livraria como meio de entretenimento no país. ;A visitação às livrarias é um marco, um incentivo à leitura, pois você está entrando no mundo do livro;, ressalta Ednilson. O representante da Associação Nacional de Livrarias defende que o importante é estimular o consumo espontâneo de livros e o hábito da leitura dentro de casa e nas escolas. Para ele, o acesso à internet atrapalha a procura por leitura. ;Um jovem não entra na internet procurando livro, mas jogos e entretenimento;, diz.

Apesar das diferentes opiniões, não houve discussões entre os participantes do debate. Após pouco mais de uma hora de conversa, não sobrou muito tempo para perguntas. O evento, que começou com atraso de 30 minutos, não contou com a participação da representante do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Sônia Jardim . COnvidada para o debate, ela não pôde comparecer.

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