Diversão e Arte

Mulheres guerreiras ajudaram a construir o mercado culinário da capital

postado em 03/11/2012 08:00

Durante muito tempo, o ofício de chef de cozinha estava voltado preferencialmente para o sexo masculino, talvez pelas árduas e incessantes horas de trabalho que a profissão exige ou porque as mulheres tinham obrigações familiares, como cuidar da casa e dos filhos. Contudo, elas, aos poucos, tomaram conta dos espaços dos homens e, graciosamente, imprimiram também sua marca na culinária. Na ainda nova Brasília, por exemplo, essas chefs estão no comando de alguns dos melhores restaurantes da cidade. Inclusive, algumas foram responsáveis por valorizar o cenário local, contribuindo ativamente para a mudança de preconceitos que cercavam a produção gastronômica da capital.

Empresária do ramo da alimentação há 40 anos, escritora, apresentadora de programa de televisão e com uma simpatia típica das dedicadas mães, Ana Toscano emprestou sua personalidade cativante ao jeito de servir. ;Brasília teve, por muito tempo, a fama de cidade com serviço ruim. As pessoas voltavam de São Paulo maravilhadas e se deparavam com um atendimento ruim. Nós mulheres conseguimos mudar isso com muito charme e carinho;, defende. Dona do bem falado Villa Borghese, especializado em comida italiana, e de outros estabelecimentos, Ana sobreviveu a tempos difíceis para os restaurateurs. ;Há 20 anos, vivíamos num país cuja inflação colaborava para o fechamento de casas e trabalhávamos com o método de ensaio e erro. Testávamos tudo, desde funcionários até receitas que pudessem cair no gosto dos clientes;, lembra.

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