Diversão e Arte

Jovens autores ainda acreditam no livro impresso e se destacam no mercado

postado em 05/01/2013 07:00


O poeta francês Arthur Rimbaud começou a escrever aos 17 anos. Parou aos 20. ;Com 19, produziu a obra-prima Uma estação no inferno;, ratifica o escritor Ferreira Gullar, expoente máximo da poesia brasileira. Foi com a mesma idade que o próprio Gullar lançou o primeiro livro (Um pouco acima do chão, de 1949), uma coleção de poesias. ;Tive que financiá-lo com a ajuda da minha mãe. Todos começaram assim. O Drummond só deixou de bancar os livros com mais de 40. Para imprimir o primeiro, pediu ajuda da gráfica do órgão público onde trabalhava e teve desconto no salário por anos;, revela.

Quem recorreu ao mesmo artifício foi o brasiliense Daniel Spíndola Ribeiro, 22 anos, que acaba de lançar O sangue da tua tinta. ;Tive sorte de encontrar uma editora interessada no que escrevi e ainda mais sorte em possuir condições para financiar meu próprio livro;, conta. Daniel faz parte de um grupo de escritores precoces que não abre mão do livro impresso. Eles batalharam pela publicação e, agora, colhem os frutos.

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