Diversão e Arte

Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro lança campanha por patrocínio

O objetivo é angariar mantenedores e, a curto prazo, levantar fundos para um concerto comemorativo do aniversário

postado em 18/01/2013 18:44
Rio de Janeiro - Fundada em 1978, a Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro (OFRJ) está comemorando 35 anos de fundação ameaçada de encerrar suas atividades por falta de patrocínio. Para reverter o estado ;terminal; em que o grupo se encontra, o maestro Florentino Dias, fundador e diretor da Filarmônica carioca, lançou nesta sexta-feira (18/1), no auditório do Museu Naval, no centro do Rio, a campanha Amigos da Orquestra. O objetivo é angariar mantenedores e, a curto prazo, levantar fundos para um concerto comemorativo do aniversário, em maio próximo, no Parque do Flamengo.

Com 50 anos de carreira, o alagoano Florentino Dias, professor titular da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é um dos mais laureados regentes brasileiros, tendo conduzido orquestras em vários países. Com o fim da orquestra da UFRJ, que ele regia, em 1977, resolveu criar a OFRJ, que ao longo desses 35 anos, foi mantida por doações.

;Tive até que vender um apartamento para a orquestra não desaparecer, mas tenho esperança de que vamos conseguir empresas que possam nos patrocinar;, disse o maestro. ;O Rio precisa de cultura e a população carioca precisa ficar sensível ao que está ocorrendo com a orquestra, que é um patrimônio cultural da cidade;, completou. Florentino Dias estima em R$ 2 milhões o custo mínimo mensal de manutenção da filarmônica.

O projeto Amor ao Rio, lançado hoje, prevê a criação do clube Amigos da Orquestra, no qual o interessado em ajudar poderá se tornar um colaborador mensal com valores simbólicos que variam de R$ 20 a R$ 60. O dinheiro será usado para o pagamento de despesas como a do aluguel da sede administrativa da filarmônica, no centro do Rio.



A sede também é usada como depósito dos instrumentos, pois os 75 músicos não têm um local permanente para os ensaios. ;Nós ensaiamos, quando temos apoio, do clube Hebraica, em Laranjeiras, ou do Clube Militar, no centro;, disse. Segundo o maestro, a própria agenda de concertos nos últimos anos tem sido irregular, assim como o pagamento aos músicos, que sobrevivem porque trabalham em outras orquestras.

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