O paulista Kleber Albuquerque gosta de dar aos discos nomes que chamam a atenção. Entre os oito gravados, estão 17.777.700, Para a inveja dos tristes, Só o amor constrói e 10 coisas que eu podia dizer no lugar de eu te amo. Esse último, recém-lançado, chama a atenção também pelo apuro e pela delicadeza do projeto gráfico, que Kleber mesmo criou em parceria com a designer Vivi Correa. Antes, a dupla fez uma versão artesanal, 5 coisas que eu podia dizer no lugar de eu te amo, em edição limitada e cópias numeradas, com apenas cinco músicas cantadas, tocadas, editadas e arranjadas pelo cantor e compositor.
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Esse cuidado de artesão é percebido também na versão, digamos, industrial, do álbum ; agora com 14 faixas ;, um projeto independente lançado pelo selo Sete Sóis. 10 coisas que eu podia dizer; é, possivelmente, o disco mais bem elaborado de Kleber, no sentido de ter coesão e um clima que se mantém do início ao fim. É como se todas as músicas tivessem sido pensadas e distribuídas para criar um efeito por encadeamento, ainda que diversificadas em temas e em ritmos. Por isso é quase impossível não querer ouvi-lo do começo ao fim.