Diversão e Arte

Mercado de drags do DF renova-se com jovens que querem seguir carreira

O caso mais bem-sucedido até o momento é o da personagem Aretuza Lovi. Ela, ou ele, extrapolou os limites do Distrito Federal e, após uma passagem por Belém, assinou com a GW music records

postado em 14/07/2013 08:00

O caso mais bem-sucedido até o momento é o da personagem Aretuza Lovi. Ela, ou ele, extrapolou os limites do Distrito Federal e, após uma passagem por Belém, assinou com a GW music records

Toda sexta-feira, a rotina de seis brasilienses é um mix de perucas, maquiagem, vestidos, saltos altos e outros tantos acessórios espalhafatosos. Os jovens entram no camarim com os nomes de Breno, Nathan e Bruno, e, pouco mais de uma hora depois, saem sob as alcunhas de Xantara, Laurie e Angelike. Esses rapazes, que estão na casa dos 20 anos, transformam-se em drag queens inspiradas em divas do mundo pop e partem para animar o público da boate.

Com o fortalecimento da cena gay na capital federal, as drags também ganharam mais espaço e começam a povoar as boates brasilienses. ;Apesar de ser um mercado um pouco decadente no Brasil, aqui em Brasília ele resiste. Acreditamos que são os personagens que acrescentam muito brilho e alegria para a noite;, analisa Thales Sabino, um dos sócios da Victoria Haus ; clube que abre espaço para as drags locais e nacionais.

Essas características do mercado de entretenimento local fizeram com que alguns rapazes tentassem seguir carreira profissional como drag queens. O caso mais bem-sucedido até o momento é o da personagem Aretuza Lovi. Ela, ou ele, extrapolou os limites do Distrito Federal e, após uma passagem por Belém, assinou com a GW music records. Lançou um disco que está a venda na iTunes Brasil ; o single Striptease tem cerca de 30 mil visualizações no YouTube.

O sucesso de Aretuza fez com que diversos outros jovens ; que sempre gostaram de ;se montar;, expressão utilizada para referir-se à preparação da personagem; buscassem investir na carreira. O Diversão & Arte fala sobre alguns deles:

Miss Carey
;Carey é porque sou muito fã da Mariah (Carey). O Miss é porque eu realmente sou linda, meu bem;, brinca Jhonne Theles, ao referir-se sobre sua personagem. Há quatro anos, ele começou a se montar incentivada por alguns produtores de festas da cidade. Nesse tempo todo, conta com apoio do maquiador Daniel Nunes. ;Adoro esse lance da transformação, é um desafio profissional. Dá para brincar;, explica o jovem. ;Sou muito tímido. A Miss é uma escapatória para isso. Ela é fria, calculista. Só faz carão. Faço a linha polêmica;, conta.
Nome: Jhonne Theles
Idade: 25 anos
Profissão: Estudante
Gasto com personagem: R$ 200

O caso mais bem-sucedido até o momento é o da personagem Aretuza Lovi. Ela, ou ele, extrapolou os limites do Distrito Federal e, após uma passagem por Belém, assinou com a GW music records

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