Diversão e Arte

Intelectuais de vários continentes analisam a diáspora negra e o racismo

As estudiosas participaram do festival Latinidades, no Museu Nacional da República

Adriana Izel
postado em 26/07/2014 10:18
O Latinidades ; Festival da mulher afro-latino-americana e caribenha é uma oportunidade de colocar as mulheres negras no centro de debates sobre saúde, cultura, educação e segurança. Durante um encontro promovido pelo evento, cujo o tema é Griôs da diáspora negra, algumas convidadas discursaram sobre a trajetória própria e de seus países. As falas se complementaram e comprovaram o fortalecimento da causa negra feminista.

Ao comentar sobre a diáspora negra, Shirley Campbell Barr acredita que o movimento seja ;um sonho;. Tempos atrás, a escritora ficou impressionada com a quantidade de afro-descendentes na América Latina. ;A diáspora tem objetivos comuns, e a globalização tem contribuído muito para isso.;

[SAIBAMAIS]Shirley surpreendeu ao descrever ;a história particular; dos negros costa-riquenhos. Ela disse que os imigrantes do Caribe, que foram para aquele país para trabalhar, são considerados negros. Já aqueles que têm nome e sobrenome hispânico se reconhecem como brancos ou mestiços. ;Existe o racismo institucional, mas não é tão fácil observar as diferenças. Não posso dizer que as mulheres negras são as mais prejudicadas, pois muitas não são consideradas negras;, destacou.



A filósofa norte-americana Angela Davis ressaltou o racismo institucional nos Estados Unidos. Ela lembrou que o racismo não anunciado é regra naquele país. ;Ele existe no departamento de polícia e no sistema de saúde. E ninguém se incomoda. Esse é o desafio também para a África e para o Brasil;, alertou Angela.

A ativista é engajada, entre outras, na causa dos imigrantes. Sobre o conflito em Gaza, ela defendeu o boicote a Israel e clamou por mais atenção para a Palestina ocupada: ;Ela precisa do mesmo cuidado que o mundo deu à África do Sul durante o apartheid;.

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