Diversão e Arte

Arlindo Cruz lança o primeiro disco só de composições próprias

O álbum tem participação do violonista brasiliense Rafael dos Anjos

postado em 10/09/2014 06:02
Arlindo:
Arlindo Cruz é um dos principais cantores e compositores do país. São mais de 700 músicas em quase 40 anos de samba. Ironicamente, só agora o carioca gravou um disco 100% autoral. O álbum Herança popular reverencia mestres, como Cartola e Candeia, e comprova que o samba não tem barreiras, com Ela sambou, eu dancei, cujos vocais têm a participação do funkeiro Mr. Catra. Em entrevista ao Correio, Arlindo falou sobre a amizade com Candeia, o novo trabalho e o show em Brasília.


[SAIBAMAIS]Arlindo, por que batizar o novo disco com o nome Herança popular?

Porque, na verdade, o que os compositores deixam como herança são as músicas. O CD e a faixa-título (com participação especial do bandolinista Hamilton de Holanda) é uma homenagem ao Cartola, ao Candeia e a João Nogueira, entre outros grande compositores que deixaram sambas inesquecíveis para a gente.

Você conviveu com Candeia. Como o conheceu?

Conheci Candeia ainda moleque. Meu pai tocou com ele em um grupo chamado Mensageiros do Samba, que chegou a gravar um LP na década de 1960. Eu tinha uns 12 ou 13 anos e Candeia me dava um dinheiro para ensiná-lo a tocar cavaquinho. Violão era mais difícil por causa da cadeira de rodas dele. Um dia, Candeia me chamou para tocar com ele e eu topei. Tudo o que aprendi sobre arte e negritude, como samba de roda, capoeira e jongo, foi com ele. Candeia é o cara!

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Você também foi amigo dos filhos dele;.

Nós tínhamos uma amizade sim. Na época, a gente ia ao Portelão para curtir os bailes de soul. Ele fez uma música com Dona Ivone Lara, Sou mais o samba, que dizia assim: ;Eu não sou africano, eu não/ Nem norte-americano/ Ao som da viola e pandeiro/ Sou mais o samba brasileiro/ Calma, calma, minha gente/ Pra que tanto bambambam/ Pois os blacks de hoje em dia/ São os sambistas do amanhã;. Sempre fui sambista mas, de alguma maneira, Candeia previu o meu futuro. (risos).

Aniversário Arlindo Cruz
Sexta-feira, às 22h, show do cantor carioca no Villa Mix (SHTN, Tc. 2, Cj. 5; 3326-9796). Ingressos: R$ 90 (homem) e R$ 70 (mulher), camarote; R$ 60 (homem) e R$ 40 (mulher), frente do palco. Valores de meia-entrada, 1; lote e sujeitos a alteração. Não recomendado para menores de 18 anos.


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