Diversão e Arte

Epidemias capazes de destruir a humanidade são temas de livros e filmes

Surtos, como o de ebola, são explorados constantemente por diretores, autores e roteiristas

Nahima Maciel
postado em 16/10/2014 08:01
Filme Os 12 macacos aborda uma epidemia que ameaça a humanidade

O medo do fim assola a humanidade desde que os primeiros habitantes que pisaram o planeta começaram a se questionar. Profecias e teorias de que grandes tragédias colocarão ponto final na civilização estão presentes em vários registros produzidos no passado distante ou no presente. Surtos como o do ebola na África são temáticas férteis para os criadores imaginarem um futuro apocalíptico. O medo é um ingrediente forte nessas produções artísticas, nas quais o improvável tem lugar de destaque.


Invasão alienígena, guerras, doenças, desastres naturais, há varias formas de se imaginar o fim dos tempos. Uma das causas mais recorrentes, no entanto, é a epidemia. Uma doença se espalha pela Terra e, depois de certo tempo, boa parte dos humanos é dizimada. Os que sobram lutam para sobreviver em um planeta geralmente inóspito. Esse poderia ser o ambiente de vários filmes, livros e séries que tratam do apocalipse em seus enredos.

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[SAIBAMAIS]As películas trágicas vão do clássico ao trash e podem agradar a públicos variados. Até o sueco Ingmar Bergman se rendeu ao mote. O cineasta dirigiu e escreveu O sétimo selo, lançado em 1957. No longa, um cavaleiro sueco, ao retornar de uma das cruzadas, enfrenta a personificação da morte e a crise da peste negra, que deu ares de fim dos tempos à Europa medieval.

Em 2013, Guerra mundial Z, com direção de Marc Foster e protagonizado por Brad Pitt, também apostava em uma doença com alta velocidade de contágio que começa a se espalhar e, correndo contra o apocalipse que se anuncia, o personagem principal tenta desvendar as causas e conter o contágio.

Temor antigo

A Bíblia é um dos relatos mais conhecidos a se referir a uma pandemia capaz de dizimar a humanidade, mas desde o século 5 a.C. já havia livros que contavam histórias de pragas e de pestes tão fatais que acabariam por reduzir a existência humana a um ponto próximo da extinção. Nem todos eram relatos ficcionais, muitos se referiam à própria realidade, mas a ideia da catástrofe apocalíptica sempre rondou a literatura. A peste negra, que matou um terço da população europeia na Idade Média, assombrou muitos autores e é o tema de Decameron, a obra-prima de Boccacio na qual três pessoas fogem de Florença para tentar escapar da epidemia.

Mais conhecido por Robson Crusoé, o inglês Daniel Dafoe também especulou uma pandemia em The journal of the plague year (;Diário do ano da praga;). Escrito em 1722, o livro narra a chegada da peste em Londres quase um século antes e tem descrições que em muito lembram o aparecimento dos primeiros casos de ebola no continente europeu. Mary Shelley, Edgar Allan Poe e Jack London também descreveram, no século 19, cenários em que a humanidade é dizimada por um vírus.

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