Diversão e Arte

Morre o francês Bernard Heidsieck, fundador da poesia sonora

Bernard Heidsieck foi vice-presidente do Banco francês do Comércio Exterior

Agência France-Presse
postado em 24/11/2014 17:07
Paris- O grande poeta francês Bernard Heidsieck, fundador da "poesia sonora" que privilegia a oralidade, faleceu no sábado em Paris aos 86 anos, informou nesta segunda-feira (24/11) em seu site o Centro Nacional do Livro.

Nascido em 1928, Bernard Heidsieck foi vice-presidente do Banco francês do Comércio Exterior. Membro da Comissão de Poesia do Centro Nacional do Livro (CNL) de 1987 a 1990, foi presidente desta comissão de 1992 a 1995. Foi em 1955 que o jovem publicou seus primeiros poemas na coleção "Sitôt dit" (Seghers).

Rapidamente, impôs um gênero poético, a "poesia sonora", que ele chamou de "a poesia que sai dos livros", aquela que fala, de pé e em movimento. Mais tarde, preferiu dar ao gênero o nome de "poesia em ação".

"Eu acreditava ser necessário reconectar a poesia à sociedade (...). Em vez de afundar o poema na página, seria preciso o contrário, projetá-la para fora, para o ouvintes, para o público", explicou Bernard Heidsieck, que organizou em 1976 o primeiro Festival Internacional de poesia sonora.



Grande parte de sua obra foi publicada pela editora Al Dante que reeditou em 2009 um volume intitulado "Po;mes partitions", acompanhado por dois CDs reunindo os primeiros poemas escritos pelos autor de 1955 a 1965.

Para atribuir sons à poesia, ele acrescentava sua voz por meio de gravações de sons conjugados, até alcançar uma polifonia impressionante, cuja obra "Vaduz" (1974) é o exemplo mais proeminente.

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