Diversão e Arte

Livros combinam ficção científica com terror e criam mundos surpreendentes

Obras convidam a mente do leitor a atravessar céus, tempos e realidades

Nahima Maciel
postado em 26/11/2014 08:00
Obras convidam a mente do leitor a atravessar céus, tempos e realidades

Para que seja minimamente envolvente, um romance de terror ou de ficção científica precisa de alguns ingredientes capazes de despertar o medo, a expectativa, a surpresa e a curiosidade. De alienígenas a espíritos, de viagens no tempo a uma garota que tem superpoderes, não importa o caminho da narrativa, ela precisa criar situações que fisguem o leitor.



[SAIBAMAIS]O espanhol Manel Loureiro acredita que o ser humano tem atração pelo incerto e, por isso, seu romance O último passageiro se tornou um dos raros livros de autor não anglo-saxão a penetrar o mercado de best-sellers. ;Adoramos sentir medo! As histórias de terror nos servem para enfrentarmos nossas inseguranças no mundo real, com a janela de que o terror dentro de um livro ou de um filme é ;controlável;, sabemos que é algo que não pode nos machucar de verdade;, diz.

O Diversão & Arte selecionou quatro títulos recém-lançados que combinam terror com ficção científica. Todos são assinados por autores estrangeiros que, com exceção de Loureiro, escrevem em inglês. Os gêneros são mais comuns na literatura anglo-saxã e costumam frequentar narrativas leves, conhecidas como easy reading. Pela facilidade e rapidez de leitura, não são romances de personagens complexos ou cheios de sofisticadas tessituras literárias. Prendem pelo suspense, muito mais que pela urdidura do texto, e têm um nicho cativo de leitores.

Alienígenas invadem a Terra
Narrada por dois adolescentes, a história de PDM, do americano Stephen Wallenfels, especula o que aconteceria com a humanidade caso houvesse uma invasão alienígena. Um dos temas mais batidos da literatura de ficção científica, essa invasão se parece com todas as outras.

Distopia romântica
Incendeia-me é o último de uma série de cinco romances escritos pela norte-americana Tahereh Mafi e cuja história está ancorada em dois princípios básicos da literatura distópica para adolescentes: a noção da diferença individual e a vontade de salvar o mundo.

Nazismo e medo
O último passageiro traz a história da maldição nazista, que passa a ser investigada pela protagonista depois de achar um bebê em um navio à deriva. O desafio da ficção científica, para o espanhol, está em combinar situações inverossímeis. ;É conseguir encaixar todas as peças científicas e as referências de salto no tempo de forma que a história tenha sentido;, explica o autor.

Viagem no tempo
A sul-africana Lauren Beukes conversava no Twitter quando teve a ideia de um assassino que viaja no tempo para escolher as vítimas. Ela chegou a postar a ideia, mas quando se deu conta de ter encontrado material para um livro, apagou o tuíte e começou a trabalhar em Iluminadas. O livro conta a vida de Harper, assassino que encontra o álibi perfeito em uma velha casa em Chicago. Ali, ele é capaz de abrir uma porta e viajar no tempo para escolher as vítimas

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