Diversão e Arte

Filmes independentes lideram corrida aos prêmios de 2015

postado em 27/12/2014 08:02
Em Boyhood, Richard Linklater acompanha a vida de um menino até a adolescência: filme é produção independente e está entre os favoritos aos prêmios do cinema

Ao se analisar com calma os indicados deste início da temporada de premiações de Hollywood, uma conclusão é evidente: há um inegável avanço de produtoras menores, que aparecem com destaque nas listas pré-Oscar. Mesmo que nem todas as cerimônias que antecedem o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas tenham indicado os concorrentes, é possível notar um movimento de valorização de filmes feitos fora dos esquemão de blockbusters.

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[SAIBAMAIS]O SAG (da Associação de Atores de Hollywood) e o Globo de Ouro (concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira) revelaram quem disputará as estatuetas ; premiações locais e menos expressivas também já divulgaram suas listas de melhores filmes. Os dois títulos a receber o maior número de indicações foram produzidos pelos próprios cineastas. Birdman, de Alejandro González Iñarritu, e Boyhood, de Richard Linklater, não têm nomes de grandes companhias da indústria envolvidos na realização. Mesmo assim, os longas acumularam 74 e 62 indicações, respectivamente.
Os números, que já são potentes, devem aumentar ainda mais quando a Associação de Roteiristas e a Associação dos Diretores e dos Produtores anunciarem as produções que disputarão os prêmios em 2015. É o caso também de Selma, produção modesta feita pela Plan B (do ator Brad Pitt) e Foxcatcher ; Uma história que chocou o mundo, ambos finalistas na categoria drama.

O primeiro narra a trajetória do líder negro Martin Luther King e foi esnobado no SAGs (o prêmio da Associação de Atores de Hollywood). Parece ter encontrado conforto no Independent Spirit Awards, a premiação dedicada ao cinema indie, concorrendo como melhor filme, diretor (Ava DuVernay), fotografia, ator (David Oyelowo) e atriz coajuvante (Carmen Ejogo). Puxando pela memória, a Plan B venceu o Oscar de melhor filme no ano passado defendendo 12 anos de escravidão, filme com temática negra, fato que talvez o prejudique na corrida.

Já Foxcatcher ; Uma história que chocou o mundo traz o ator conhecido pelos papéis de humor, Steven Carrel, como um técnico de luta livre tentando formar uma equipe para as Olimpíadas de Seoul (Coreia do Sul, 1988), um papel dramático para o qual foi indicado ao Globo de Ouro.

A mesma origem independente é partilhada pela produção nanica Pride, que entrou na lista final dos filmes de comédia ou musical do Globo de Ouro. O mote desta produção é narrar o envolvimento, ao acaso, de ativistas LGBT numa greve de mineiros na Inglaterra. Localizada durante os anos de Margaret Thacher no poder, a película rendeu apenas US$ 7 milhões nas bilheterias.

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