Diversão e Arte

Violoncelista Gustavo Tavares se apresenta no Curso Internacional de Verão

Concerto gratuito será domingo e também contará com a participação do violonista Nelson Faria e do percussionista Rodolpho Cardoso de Oliveira

Irlam Rocha Lima
postado em 22/01/2015 08:05
Um dos nomes mais importantes do violoncelo brasileiro, o instrumentista Gustavo Tavares dá aulas em Brasília
O violoncelista Gustavo Tavares gosta de rodear os temas. É da observação atenta de quem cerca um objetivo que nasceu a delicadeza de sua interpretação e o tino para construir uma carreira ancorada tanto na música erudita quanto na popular. A fronteira entre as duas, Tavares admite, infelizmente existe. Porém, não é eterna e boa parte de seu esforço musical está concentrado em transpor essa barreira. É com esse olhar que ele conduz as aulas de violoncelo no 37; Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília (Civebra). No domingo, o violoncelista sobe ao palco do Teatro Levino de Alcântara ao lado do violonista Nelson Faria e do percussionista Rodolpho Cardoso de Oliveira, que também dão aulas no curso. Os três se conheceram na escola, no final da década de 1970, e tomaram rumos diferentes, mas nunca deixaram de investir em parcerias.

No domingo, Tavares e Nelson aproveitam para lançar na cidade o álbum Na esquina de mestre Mignone, uma parceria na qual recuperam o lado seresteiro de Francisco Mignone e peças de outros autores que dialogam com o compositor. ;A proposta é muito em torno da seresta, da época em que o Mignone escrevia música popular. Compus umas coisas, o Nelson outras, e pegamos coisas de pessoas que estavam em volta dele. Queríamos abordar essa veia mais seresteira, essa música brasileira que nasceu do encontro entre o popular e o erudito;, conta Tavares. Os dois músicos escreveram três peças para o disco, mas também incluíram obras de Heitor Villa-Lobos, Pixinguinha, Cartola e Tullio Tavares, pai de Gustavo, um advogado pianista pioneiro no Clube do Choro em Brasília.

[SAIBAMAIS]No repertório do concerto de domingo, também entram composições de um outro disco, ainda em fase de gravação, que terá a percussão erudita de Rodolpho. Dessa vez, é a Bossa Nova que os músicos vão rodear. Associar o violoncelo à música brasileira e latino-americana de contornos mais populares é um dos compromissos de Tavares. Primeiro violoncelo da Ópera Nacional da Noruega, onde mora, e formado nas salas de aula dos violoncelistas Antonio Janigro e Bernard Greenhouse, dois dos maiores nomes contemporâneos do ensino do instrumento, Tavares sempre procurou horizontes nos quais pudesse se sentir à vontade nos dois mundos.


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