Diversão e Arte

Paulistana Céu afirma em entrevista que quer seduzir o público pela música

"Quem está interessado no seu trabalho vai atrás. Quem quer saber está sabendo", diz ela

postado em 25/01/2015 08:02

Filha do maestro Edgard Poças e irmã mais nova do cantor Diogo Poças, Céu cresceu em ambiente musical

A paulistana Maria do Céu Whitaker Poças, ou apenas Céu, de 34 anos, tem injetado boas doses de originalidade à música popular brasileira na última década. Cantora de voz aveludada e sensual, e compositora de identidade forte, a artista mistura reggae, soul e jazz a seu som, que pode ser ouvido nos três elogiados discos de estúdio que lançou. Filha do maestro Edgard Poças e irmã mais nova do cantor Diogo Poças, Céu cresceu em ambiente musical e percorreu várias escolas até formatar sua própria vibe sonora. Com boa repercussão de seus álbuns no exterior, a artista quer seduzir seu público pela música, caminhando à margem das obsoletas práticas do mercado fonográfico. ;Quem está interessado no seu trabalho vai atrás;, diz ela. ;Quem quer saber está sabendo.;

A cena independente viu surgir, nos últimos anos, várias compositoras femininas, como você. Como você iniciou essa trajetória?
Eu notei que tinha vontade de pôr a mão na massa não só como intérprete, mas também de dizer coisas que me faziam sentido. Meu comprometimento artístico passa não só pela coisa de cantar: eu escrevo, faço melodia, a parte rítmica, assino as produções dos meus discos, a parte estética. O pacote todo. E me interesso mesmo. Não que eu seja mandona e obsessiva ; talvez até seja às vezes ;, mas, para mim, essas coisas fazem sentido. E é divertido.

E, como compositora, o que te leva a gravar também músicas de outras pessoas em seus trabalhos, algumas até bem conhecidas do público?
Simplesmente porque gosto de cantá-las, exercitar esse lado mais de intérprete. Como essas músicas são escolhidas: não sei. É coisa de momento. Mil e uma noites de amor, por exemplo, do Pepeu Gomes, foi feita para o carnaval do Recife, que pedia uma coisa mais pop. É um clássico dos anos 1980 e tem a ver com o que eu estou vivendo. O ronco da cuíca eu gravei com o próprio João Bosco ao violão e Concrete jungle me levou a fazer os shows em cima do Catch a fire. Acho que tem a ver, não são coisas soltas.

Há uma turma muito interessante em São Paulo fazendo um som que tem chamado a atenção do resto do país no últimos anos. Você faz parte dessa cena?
Os músicos estão em São Paulo. Eles vêm trabalhar aqui e a gente acaba se encontrando. Tem muita gente compondo, mas não considero que seja uma cena. Não é um movimento de São Paulo. As pessoas vêm para cá para trabalhar. Tem paulistanos, mas também gente de todas as regiões do Brasil.

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