Diversão e Arte

Felizes para sempre? mostra uma Brasília real, mas não escapa de clichês

A série que se passa na cidade segue para o segundo capítulo nesta terça-feira (27/1)

Vinicius Nader
postado em 27/01/2015 11:22
A série que se passa na cidade segue para o segundo capítulo nesta terça-feira (27/1)
Sempre com Brasília emoldurando a tela ; algumas vezes em ângulos inusitados, como já adiantavam as chamadas de Felizes pra sempre? - a vida real da cidade é retratada na minissérie. Ao menos, é o que indica o capítulo de estreia. Em um dos momentos do episódio, o filho de Tânia (Adriana Esteves) recebe um panfleto de um coletivo de arte da capital durante um protesto.

Os bastidores da política e o cotidiano da cidade aparecem na estreia de Felizes para sempre?

[SAIBAMAIS]A pequena cena mostra um pouco do cotidiano dos brasiliense. A arte, a música, a cultura, tudo isso se manifesta ali, sempre ao lado do poder político - quase onipresente na cidade. Esse retrato real da capital, no entanto, cedeu espaço para o velho clichê da cidade política.

Algumas menções à cidade foram para lembrar que aqui está a sede do poder e é onde, consequentemente, está a corrupção do governo federal. Será que mais uma vez o país perderá a chance de descobrir que somos mais do que a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios? Vamos aguardar.

Trama
Amor e horror andaram lado a lado no capítulo de estreia da caliente minissérie Felizes para Sempre?.Logo na primeira cena ; quase um balé filmado ; momentos do prazer sexual e da dor de descobrir um filho morto na piscina de casa são intercalados.

O corte nos leva direto para a primeira pergunta (cada episódio será guiado por uma questão): ;Onde colocar o seu desejo?;, representada por Marília (Maria Fernanda Cândido, no mesmo tom cool que sempre a acompanha). Ela procura ajuda de uma terapeuta para salvar o casamento com Carlos (Enrique Diaz), homem que coloca o desejo no dinheiro e usa o vil metal para tudo, desde garantir a vitória em licitações do governo federal a conseguir o perdão da esposa, passando por providenciar o sumiço da amante e por contratar uma garota de programa para sexo a três, gancho usado para o capítulo de hoje.

Quem ligou a televisão para ver as comentadas cenas quentes de Paolla Oliveira, levou um balde de água fria: a bela não deu as caras na estreia. Mas em compensação pôde conferir boas performances de Selma Egrei e Enrique Diaz, que parece finalmente ter encontrado um papel à altura de seu talento na telinha. Vale lembrar que Adriana Esteves não teve espaço no episódio e que Cássia Kis não apareceu.

Enrique brilhou e foi brindado pelos melhores momentos do afiado texto de Euclydes Marinho. Já Selma deixou no ar que sua personagem, a professora da UnB Norma, pode discutir o sexo na terceira idade com a qualidade que ainda não foi vista na tevê aberta brasileira.

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