Diversão e Arte

Exposições no DF valorizam a arte de rua, natureza e intimismo conceitual

O coletivo Síndrome criativa é responsável por espalhar o grafite pelas as ruas de Brasília

Nahima Maciel
postado em 04/03/2015 08:04
Felipe Rdoze e Raíssa Miah reuniram nove artistas de rua da cidade para exposição sobre grafite
Levar o grafite das ruas para as galerias é uma forma de valorizá-lo, mas também uma maneira de trabalhar com mais tempo. Felipe Rdoze gosta dessa ideia. Ele faz parte do coletivo Síndrome criativa com Raíssa Miah e outros dois artistas. Moradores de Recanto das Emas, eles costumam percorrer todo o Distrito Federal em busca de lugares ideiais para pintar. Com a intenção de mostrar um pouco do que nasce dessas incursões, Rdoze e Raíssa conceberam a exposição Contexto urbano, em cartaz na Marcelo Henrique Lima Galeria.

[SAIBAMAIS]Rdoze e Raíssa reuniram 30 obras de oito artistas brasileiros e um angolano para mostrar a diversidade do grafite realizado em Brasília. ;O grafite em Brasília está acontecendo e se moldando. A W3 sul é o local onde mais tem, mas ele está pelo DF todo;, diz Raíssa. ;A exposição representa a arte urbana. São grafiteiros com estilos diferentes, técnicas e temáticas variadas, mas todos com essa sensibilidade urbana.;

Entre os temas abordados pelos artistas, Raíssa identifica pelo menos três vertentes. Há trabalhos mais delicados, como o de Tika, que pinta meninas e ursinhos, e há uma clara inspiração nos quadrinhos, caso do angolano Scor. Já Rdoze, que também é curador da mostra, aposta em estilo mais conceitual. ;É um trabalho mais reflexivo;, avalia Raíssa. Todos os trabalhos foram produzidos para a exposição e os artistas precisaram adaptar as técnicas para superfícies menores e móveis, como folhas de papel. Rdoze confessa que é um tipo de trabalho diferente. ;É um complemento;, garante. ;O que faço na galeria é mais lento, mais trabalhoso. Na rua, é mais rápido.;

No Museu Nacional da República, o tema é a natureza vista pela perspectiva de 24 artistas. Produzida pela Embaixada do México, Naturaleza fragmentada reúne 24 obras do acervo da Secretaria de Relações Exteriores do México e já passou por Colômbia, Fortaleza, Nicarágua e Guatemala. ;São diferentes visões da natureza por meio de diferentes perspectivas estéticas. São visões fragmentadas da natureza;, avisa Guillermo Palacios, conselheiro para assuntos culturais e educativos da embaixada.

Contexto urbano
Curadoria: Raíssa Miah e Felipe Rdoze. Visitação até 20 de março, de segunda a sexta, das 11h às 18h, e sábados, das 11h às 17h, na Marcelo Henrique Lima Galeria (CLN 112, Bloco D, Subsolo Loja 205)

Naturaleza fragmentada
Reunião de obras de 24 artistas. Visitação até 3 de maio, de terça a domingo, das 9h às 18h30, no Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios)

Quarto escuro Instalação de Waleska Reuter
À procura de inspiração, que nunca veio, que não teve encaixe, que não foi tênue. Desenhos de Leopoldo Wolf. Abertura sábado, às 17h, na Alfinete Galeria (CLN 116 Bl/ B Lj 61). Visitação até 4 de abril, de quarta a sábado, das 15h às 20h

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