Diversão e Arte

Samba é símbolo nacional graças à união entre tradição e modernidade

Perseguido no início do século 20, o gênero ganhou novos representantes

postado em 13/04/2015 09:15
Leandro Fregonesi, Aline Calixto, Pedro Miranda e João Martins: nova geração do samba ainda tem como principal reduto o Rio de Janeiro
Qual é o peso de ter uma canção de sua autoria gravada por uma intérprete do quilate de Beth Carvalho? Uma das principais representantes femininas do gênero, a carioca eternizou composições dos mestres Cartola e Nelson Cavaquinho e amadrinhou a turma do Fundo de Quintal. Nos últimos anos, Beth incluiu canção do ;novato; Leandro Fregonesi em seu repertório, uma espécie de carta de recomendação para que o compositor adentrasse o time dos grandes, aqueles que fazem o ;samba de verdade;.

[SAIBAMAIS];Isso me honra profundamente;, diz o paulistano Leandro Fregonesi, ex-morador de Brasília, hoje radicado no Rio de Janeiro. Ele é um daqueles artistas que levam o samba a sério e bebe nas fontes mais tradicionais. ;Sou fã de Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulo César Pinheiro, Arlindo Cruz, Luiz Carlos da Vila e também de Dorival Caymmi, Geraldo Pereira e Nei Lopes;, cita. Fregonesi é um dos adeptos do ;samba de verdade;, tanto nas referências quanto por ainda investir no formato menos comercial. Além de Beth, foi gravado por Diogo Nogueira e uma de suas canções foi incluída, este ano, no show de Maria Bethânia.

Se, nos dias de hoje, nossas referências em se tratando de samba são Beth, Nelson, Cartola e companhia, como será daqui a meio século? ;Eu gostaria, se o destino assim permitir, de ser um dos nomes que serão lembrados no futuro, sim, mas sem vaidade, apenas pelo meu trabalho de cantor, compositor e pela minha obra;, comenta Fregonesi. ;Mas ninguém faz nada sozinho, né? Há centenas de grandes músicos, intérpretes e compositores que, assim como eu, estão escrevendo seus nomes na história.; O artista menciona, por exemplo, Juninho Thybau, Ciraninho, João Martins, Inácio Rios, Breno Alves, Renata Jambeiro, Makley Matos e Cris Pereira, entre outros. ;Todos estamos remando no mesmo barco.;

[VIDEO1]

Safra promissora

Com mais de 30 anos de carreira, Moacyr Luz acha complicado definir uma nova geração no samba. ;Alguns sambistas só são ouvidos já quase grisalhos; Mas, do meu grupo, o Samba do Trabalhador, Álvaro Santos e Mingo Silva são destaques. E Gabriel Cavalcante é um belíssimo intérprete. Também aposto no João Martins e no Inácio Rios. Todos com 30 e poucos anos;, diz.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique .

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação