Diversão e Arte

Projeto Mar Azul revisita repertório do movimento mineiro Clube da Esquina

As canções ganham toque da nova geração da música popular brasileira

Adriana Izel
postado em 17/06/2015 07:30
Silva é um dos artistas da nova geração que participa do projeto
No fim dos anos 1960, Belo Horizonte viu surgir um movimento musical que ganharia o mundo. Era o Clube da Esquina, formado primeiramente por Milton Nascimento e os irmãos Marilton, Márcio e Lô Borges. O grupo fundiu as inovações harmônicas da bossa nova com o toque do rock;n;roll internacional e, acrescido de nomes como Fernando Brant (morto no último dia 12, após complicações de uma cirurgia de transplante de fígado), Beto Guedes, Toninho Horta, Tavinho Moura e Ronaldo Bastos, tornou-se referência dentro da música popular brasileira. O encontro culminou no álbum Clube da Esquina, de 1972, encabeçado por Milton e Lô.

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[SAIBAMAIS]Com intuito de valorizar esse momento único cultura brasileira, os diretores Fernando Neumayer e Luís Martino resolveram criar o projeto Mar Azul, websérie com 11 vídeos que está disponível desde 8 de junho no site www.tocavideos.com.br/marazul e no YouTube. O álbum Mar azul ; Sons de Minas Gerais Vol. 1 está nas plataformas digitais Spotify, Rdio e Deezer.

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;O projeto é um tributo a compositores, instrumentistas, cantores, letristas, produtores e todo aquele universo que nasceu no Edifício Levy, em BH. Desde os meus 14 anos, me interesso por aquela parceria e os discos nos quais eles misturavam tantas coisas, como América Latina, rock progressivo e Beatles;, conta Neumayer. O diretor de Mar Azul quis resgatar essa conexão com o Clube da Esquina. ;Foi natural, um dia em casa, ouvindo Beto Guedes, a ideia do projeto surgiu. Achei que podia virar uma série para internet;, ressalta.

Convidados

Para isso, ele convidou alguns artistas da música brasileira e gravou as releituras no estúdio de Milton Nascimento, no Rio de Janeiro. O projeto conta com César Lacerda, Júlia Vargas, Silva, Pedro Luís, Lucas Arruda, Dani Black, João Bittencourt e Moska.

;As músicas e os artistas foram pensados visando uma série com começo, meio e fim. A última faixa é uma versão linda de Nascente, só no piano. Queríamos cantores com diferentes olhares e ideias entre si;, complementa.

Duas perguntas // César Lacerda

Você já tinha uma relação com o Clube da Esquina ou foi algo que surgiu com projeto?
Eu sou mineiro, nascido em Diamantina. O Clube da Esquina, além ser uma referência musical mundial, é bastante festejado em Minas Gerais como uma música daquele lugar. Lembro-me de comprar o LP Clube da Esquina Vol.1 lá pelos meus 14 anos de idade e ficar impressionado com aquele universo de sons diversos, inimagináveis. Lembro-me de ouvir muito. O convite para participar desse projeto me enche de alegria. Além da possibilidade de reler estas canções nesse formato íntimo, ter gravado no estúdio da casa do Milton Nascimento foi simplesmente mágico.

Quem são seus artistas preferidos dessa geração?

Certamente, o Clube ocupa um lugar especial na minha formação. Fui afetivamente influenciado pela sua poética, musicalidade e estética. Aquele conjunto de canções ainda hoje têm grande força e são profundamente emblemáticas. Historicamente, a obra destes músicos dialoga com o nosso tempo com significativa potência.

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