Diversão e Arte

Chico Eller, filho de Cássia, faz sua primeira apresentação na cidade

No repertório, há faixas do projeto 2 x 0 Vargem Alta, ao lado de músicos brasilienses

Irlam Rocha Lima
postado em 06/07/2015 07:30
Chico Chico:
Francisco Eller foi visto publicamente em Brasília uma única vez, em 29 de julho de 2003. Ainda garoto, ao lado de familiares, chamou a atenção na inauguração da exposição de fotos e objetos pessoais da mãe, Cássia Eller, na Sala Funarte, organizada pela amiga Janette Dornellas. Naquele dia, o espaço do complexo cultural passou ter o nome da cantora, que iniciou na cidade a vitoriosa trajetória na música popular brasileira.

Hoje, Chico Chico ; nome que adotou artisticamente ; volta à capital para exibir o DNA de Cássia. Aos 21 anos, segue os passos da mãe e, já como cantor, compositor e músico, faz show no Outro Calaf, na retomada do projeto Segundalinda. Ele terá a companhia de banda formada pelos brasilienses Felipe Portilho (teclado), Dido Mariano (baixo), Allen Pontes (bateria), Leander Motta (percussão) e Henrique Ferreira (guitara).

A programação será aberta às 22h pelo DJ Nego Moita e o VJ Reyzek, que se apresentam, também, nos intervalos. Em seguida, sobem ao palco o cantor, compositor e violonista Fábio Cavanha, e o cantor, compositor e tecladista Felipe Portilho. Acompanhados por banda, cada uma faz show de meia hora, antecipando a entrada em cena da atração da noite.

Parecidíssimo, fisicamente, com a icônica estrela do rock nacional, o jovem se assemelha a ela na maneira de falar, no gestual e na timidez, como atesta Fábio Meneghesso. O saxofonista, que chegou a tocar com Cássia, tem acompanhado o crescimento do rapaz e intermediou a volta do ;afilhado; a Brasília, agora na condição de artista. Quem já viu Chico Chico em ação, na temporada que cumpre no Beco das Garrafas, lendário berço da bossa nova, em Copacabana, afirma que no palco ele não tem nada de tímido. Com timbre próximo ao da mãe, de quem herdou, também, os trejeitos, ele solta a voz e transforma-se completamente.

Gosto eclético

Estudante de geografia, o cantor ainda não decidiu se deixa o curso de lado para se dedicar exclusivamente à carreira artística. Com gosto musical eclético, a exemplo da mãe, vai do rock à MPB. Em entrevista recente ao portal Uol, Chicão (como é chamado pelos mais próximos) disse: ;Toco violão de aço. Tenho muito essa onda de folk. Não sei dizer se é meu estilo favorito, mas tenho escutado muito Bob Dylan, Neil Young e Crosby, Stills and Nash.;


Na mesma entrevista, perguntado sobre a semelhança com Cássia Eller, afirmou: ;Sei que sou parecido fisicamente com ela. Não tenho que esconder de quem sou filho.; Quanto ao fato de a mãe ser uma referência para ele, falou: ;Ela é minha mãe, mas independente disso, é também uma artista que eu admiro muito;. Chicão revelou, ainda, que passou a dividir com Maria Eugênia (a companheira de Cássia) a curadoria dos direitos autorais da mãe.


No show desta noite, pelo menos duas músicas do repertório da cantora vão ser interpretadas por Chico Chico, Coroné Antônio Bento (João do Vale) e Come Toghether (Lennon & McCartney). Mas do set list fazem parte composições autorais, registradas no primeiro disco ; ainda não lançado ;, que tem por base o projeto 2 x 0 Vargem Alta. Uma delas é Amor pra dar.

Segundalinda
Show com Chico Chico, Felipe Portilho, Fábio Cavanha e banda hoje, às 22h, no Outro Calaf (térreo do Edifício João Carlos Saad/ Setor Bancário Sul). Ingressos: R$ 25 até as 23h, e R$ 30 após esse horário. Doadores de agasalho pagam
R$ 20. Informações: 3322-9581.

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