Diversão e Arte

Histórias de superação se tornam fonte de inspiração para escritores

Livro 'Por um sentido na vida' conta a história de Amy Purdy, que perdeu as pernas aos 19 anos

Rebeca Oliveira
postado em 07/07/2015 07:30

Após perder as duas pernas, Amy Purdy chegou à final nas Paralimpíadas na Rússia

Amy Purdy tornou-se um ícone para a apresentadora Oprah Winfrey. Aos 19 anos, perdeu as pernas por conta de uma infecção decorrente de uma grave meningite bacteriana. Ficou em coma por duas semanas. Tinha 2% de chance de sobreviver, com estatísticas pouco motivadoras: cerca de 15% das pessoas acometidas pelo problema sanguíneo morrem 24 horas após o aparecimento dos sintomas. Amy superou a doença, mas ficou com sequelas: precisou amputar as duas pernas. No entanto, superado o sofrimento, ela se sentiu despertada espiritualmente.

A experiência é relatada pela americana no livro Por um sentido na vida, lançado este mês no país pela editora Agir. Best- seller do The New York Times, a obra de Purdy chega ao mercado para fazer companhia a outros títulos com enredo parecido ; e que, assim como o livro da americana, figuram na lista de mais vendidos. Com narrativa semelhante, o australiano Nick Vujicic, autor de Indomável, tem liderado entre os títulos mais procurados pelo público com o terceiro livro, Superação.

Vujivic nasceu sem os braços e sem as pernas, o que não o impediu de tornar-se um fenômeno editorial com obras que, com enredo focado em seu cotidiano, comprovam a capacidade inesgotável de o ser humano dar a volta por cima. Uma doença grave ; um câncer de mama descoberto aos 34 anos ; também impulsionou a ex-modelo catarinense Flávia Flores a escrever Quimioterapia e beleza, obra que, apesar de atingir um número menor de títulos vendidos, tornou Flávia uma ;musa da internet; onde, hoje, acumula 90 mil seguidores.


[SAIBAMAIS]Professor titular em semiótica da cultura na Universidade de Brasília (UnB) Flávio Rene Kothe tem certo ceticismo quanto a esse tipo de publicação, que se encaixa na categoria de obras de autoajuda. Um segmento que, para o estudioso, autor de A narrativa trivial (Editora UnB), cresce exponencialmente mesmo que os possíveis leitores não passem pela dificuldade imposta a quem escreveu a publicação. O impulso, ele acredita, tem raízes na formação religiosa do povo brasileiro. ;Temos uma formação, em sua maioria, cristã. Essa literatura de autoajuda ecoa muito o background religioso, porque serve como consolação aos problemas terrenos;, acredita.

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