Diversão e Arte

Série de debates no CCBB discute a relevância da Jovem Guarda

Evento conta com a participação de personagens que participaram do movimento que renovou a música pop brasileira

Renata Rios
postado em 24/09/2015 07:02
Wanderléa  se apresenta no domingo a noiteEm reportagem publicada em agosto pelo Correio para celebrar os 50 anos do surgimento da Jovem Guarda, o produtor musical e pesquisador Marcelo Froés afirmou: ;O maior legado da Jovem Guarda foi ter dado início ao pop. Havia alegria, descompromisso e um lado romântico;. Todas as percepções sobre o movimento (marco na música jovem ou reunião jovens alienados?), considerado uma revolução no comportamento, na atitude e no surgimento de uma cultura pop brasileira, são revisitados no ano em que a JG completa meio século de idade.

Tanto para fins de celebração como de análise, o Centro Cultural Banco do Brasil preparou uma programação especial para a efeméride: de hoje a domingo, o Teatro I do CCBB será palco do Jovem Guarda ; em ritmo de festa, evento que terá bate-papos, gratuitos e abertos ao público, com compositores e intérpretes, ícones da Jovem Guarda e participação de jornalistas musicais. Tudo sob a mediação de Marcelo Fróes, curador dos encontros e autor do livro Jovem Guarda - em ritmo de aventura. Como não poderia deixar ser, Renato e seus Blue Caps, Lafayette e Os Tremendões, Jerry Adriani e Wanderléa também farão shows durante a ocasião .
[SAIBAMAIS]
;O clima de celebração se mistura sim com a discussão, com a análise, pois ainda há muito o que falar sobre a Jovem Guarda. Durante muito tempo, ela foi vítima de uma postura preguiçosa, que julgava o seu público, pré-adolescentes e adolescentes, pela falta de interesse político. Com o tempo, felizmente, o movimento foi reavaliado e hoje é inegável a importância para a formação de uma linguagem jovem e como semente da criação do pop brasileiro;, argumenta Marcelo Fróes. Além dele, participarão dos debates José Teles, do Jornal do Commércio Recife, Albert Pavão, compositor e cantor dos anos 1960 e Irlam Rocha Lima, do Correio Braziliense.

Vai ter show
Sobre as críticas que a Jovem Guarda recebeu, o tecladista Lafayette concorda com Marcelo Fróes ao afirmar que o público, e os próprios músicos, também jovens, não deveriam ser cobrados pela falta de consciência política. ;Não era a nossa onda. Nossa pegada era cantar sobre as coisas jovens, carros, mulheres, praia, etc;, afirmou. Já pra falar sobre a parte musical do movimento, poucas pessoas têm mais autoridade que o tecladista, um dos profissionais mais requisitados nos anos 1960 e 1970. ;Recebemos muita influência das bandas americanas e das bandas inglesas. Beatles, principalmente. Sobre o show de amanhã, vou me apresentar com os Tremendões e tocaremos músicas do nosso CD novo, além de um repertório com muito Roberto Carlos;, adiantou.
SERVIÇO
Jovem Guarda
50 anos - em ritmo de festa

Centro Cultural Banco do Brasil (SCES, Trecho 2). Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia).Não recomendado para menores de 12 anos.

Os debates serão gratuitos e abertos ao público.

Hoje
Às 12h30 ;Papo Firme; com Renato Barros, Michael Sullivan, Albert Pavão e Marcelo Fróes. Às 20h30: Show de Renato e seus Blue Caps, com Michael Sullivan

Amanhã
Às 12h30 encontro com Lafayette, Getúlio Côrtes e Irlam Rocha Lima. Ás 20h30, show de Lafayette e Os Tremendões com Getúlio Côrtes.

Sábado
Às 12h30 encontro com Jerry Adriani e José Teles. Às 20h30, show de Jerry Adriani e músicos.

Domingo
Às 12h30 encontro com José Teles, Marcelo Fróes e Irlam Rocha Lima. Às 20h30, show de Wanderléa e músicos.
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