Grupos como Titãs, Paralamas do Sucesso, Sepultura, Iron Maiden, Ultraje a Rigor e Velhas Virgens possuem algo mais em comum do que pesados riffs de guitarra. Todas as bandas citadas têm uma bebida para chamar de sua. Uísque, cachaça, cerveja... Vale tudo, desde que o conteúdo das garrafas reflita a personalidade das bandas ; e, de quebra, renda um pouco de marketing e publicidade. Para comemorar os 40 anos de carreira, a banda inglesa Mot;rhead lançou, na quinta-feira, a própria marca de uísque, produzido pela destilaria sueca Macmyra. Frontman do grupo de metal, Lemmy Kilmister afirmou: ;A vida é menos dolorosa com o Mot;rhead Whisky. Posso considerar dar um gole de vez em quando.;
O uísque dos roqueiros é do tipo bourbon envelhecido em barris de carvalho americanos. Segundo o baterista Mikkey Dee, todos os membros do grupo foram ativos no processo de produção, eliminando qualquer ligação entre a iniciativa e estratégias de mercado. A ideia, segundo eles, é passar a atmosfera da banda por meio da bebida. Inicialmente, serão fabricadas cinco mil garrafas que podem ser compradas pelo site da destilaria sueca.
Os roqueiros do AC/DC também fizeram iniciativa semelhante, ao revelar nova embalagem para a cerveja que carrega o nome do grupo, homenagem ao disco Rock or bust, que os levou de volta às paradas após um hiato de seis anos. Os americanos foram um dos primeiros grupos de rock a criar a própria cerveja, no estilo german premium lager. Outro pioneiro no segmento é Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, responsável pela receita da Trooper, cerveja no estilo english pale ale encontrada com facilidade em lojas de Brasília, com preço salgado: média de R$ 50 a garrafa com 600ml.
O grupo americano seguiu uma tendência que tenha ganhado cada vez mais adeptos no Brasil. O mercado de cervejas especiais cresce em sentido contrário a crise que freia a economia do país. Acredita-se que o aumento médio nas vendas seja de 20% ao ano. Com aumento na procura, cresce a oferta de títulos que vão de cervejas com pequi a brejas com toque de gengibre. Ainda assim, o mercado não ultrapassa 1% de todas as cervejas consumidas no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal.
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