Diversão e Arte

Mercado de arte do Brasil tem ano produtivo apesar das dificuldades

De acordo com pesquisa do projeto Latitude, as vendas de arte nacional para o exterior aumentaram 97,4% em 2015 em relação a 2014

Nahima Maciel
postado em 14/02/2016 07:32

O ano de 2015 pode ter sido desastroso para a política e a economia brasileiras, mas foi extremamente produtivo para o mercado de arte. De acordo com pesquisa do projeto Latitude, uma parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Associação Brasileira de Arte Contemporânea (Abact), as vendas de arte nacional para o exterior aumentaram 97,4% em 2015 em relação a 2014. Isso representa um total de US$ 66,96 milhões (cerca de R$ 260,47 milhões) em obras de arte vendidas para 25 países.

De acordo com Solange Lingnau, gerente do Latitude, há várias explicações para o aumento na exportação de arte brasileira. O fato de ser um mercado de luxo é um deles. A outra está na crescente internacionalização das galerias nacionais. ;Entendemos esse aumento, em parte, como uma maior participação dos espaços brasileiros em feiras internacionais. Isso é algo que também constatamos na execução do projeto: como apoiamos financeiramente as galerias em algumas feiras, percebemos que esse número tem aumentado;, explica Solange.

O circuito de feiras inclui, principalmente, a Arte Basel em Miami, Hong Kong e na Suíça; além da Frieze Art Fair, de Londres, o que também pesa na lista de países que mais compraram arte brasileira em 2015. Os Estados Unidos e o Reino Unido receberam a maior quantidade de obras. Em seguida vêm Suíça, Hong Kong e Turquia, que abriga a Contemporary Instanbul.

Para Fernanda Feitosa, diretora da SP Arte, a maior feira de arte contemporânea do Brasil, o resultado é extraordinário e produto de duas décadas de persistência na tentativa de levar a produção brasileira ao exterior. Divulgar os artistas em museus e galerias ao redor do mundo, além de promover o intercâmbio entre curadores e colecionadores de fora, é parte fundamental desse trabalho. A SP Arte, Fernanda acredita, tem um papel importante nesse intercâmbio ao promover a vinda de colecionadores, curadores e imprensa internacional. ;É, sem dúvida, fruto de um longo trabalho de formação de opinião e promoção da arte brasileira. Isso leva anos, não se faz de um ano para outro;, avalia.

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