Diversão e Arte

Companhias teatrais dedicam espetáculos à cultura brasileira

Cia. Burlesca utiliza histórias reais para investir em narrativas infantis lúdicas

postado em 29/05/2016 07:10

A Cia. Burlesca conta a história de heróis reais da nossa cultura, como o Rei do Baião, Luiz Gonzaga

Príncipes, princesas e bruxas compõe a essência dos clássicos infantis. Mas, a vida carrega heróis, muitas vezes, bem diferentes dos apresentados à criançada. Heróis que não usam coroas cobertas de ouro nem têm superpoderes, mas são grandes guerreiros por lutarem e vencerem os conflitos da própria vida. ;A meu ver, as crianças estão prontas para conhecer essas histórias, que acontecem de verdade e são tão fabulosas quanto as fábulas;, conta o diretor da Cia. Burlesca, Mafá Nogueira. Foi a partir de pensamentos como esse, que atores decidiram investir em narrativas infantis lúdicas e realistas, que levam para os pequenos nomes de figuras como Luiz Gonzaga e Lampião.

;Quando apresentamos histórias de alguém que lutou de verdade, não fazemos construções moralistas. Mostramos que todos podem construir um mundo melhor;, acrescenta Mafá. Com uma visão pedagógica, o diretor explica que, nos contos de fadas tradicionais, a criança fica limitada a valores ultrapassados, que cada vez mais são condenados pela sociedade contemporânea.

;Nesses contos, a felicidade da mocinha é quando encontra um príncipe rico, branco, jovem e homem. Mas esse não deve ser o contexto da felicidade.; Segundo Mafá, essas histórias foram criadas com o objetivo de montar uma sociedade moralista. ;Quando se coloca uma moral, se cria padrões e é disso que queremos fugir;, comenta.

No olhar do diretor, o teatro é um jogo. Durante a peça, o elenco joga com os espectadores e assim estabelece um diálogo e troca de ideias. ;Trabalhamos com temas mais profundos, muitas vezes por meio de bonecos e contação de histórias;. Se a troca de conhecimentos não acontecer, não se tem espetáculo. ;Acredito que as crianças têm facilidade em entender e participar do mundo dos adultos. Estamos todos no mesmo mundo, mas com olhares diferentes;, conta. Segundo Mafá, os pequenos tem peculiaridades e não são miniadultos, mas fazem do ambiente que os cerca, fonte da imaginação.

A matéria completa está disponível aqui para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação