Diversão e Arte

"Dificuldade foi desenhar uma dramaturgia", diz roteirista de 'O mecanismo'

Elenco da série se reúne para premiere do seriado de José Padilha, que estreia em 23 de março na Netflix

Adriana Izel - Enviada especial
postado em 14/03/2018 23:44
Selton Mello na premiere da série O mecanismoRio de Janeiro ; O hotel Copacabana Palace foi o cenário do lançamento da nova série nacional da Netflix, o seriado O mecanismo. A atração estreia oficialmente em 23 de março na plataforma de streaming e tem como base a obra Lava Jato: O juiz Serio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil, do jornalista Vladimir Netto, lançado em 2016. De José Padilha, a série tem Selton Mello como uma das estrelas na pele do delegado Marco Ruffo.

Antes dos oito episódios chegarem à Netflix, o elenco de O mecanismo se reuniu em uma premiere, que contou também com os times de 3% e Samantha, seriados brasileiros produzidos pelo serviço, e convidados como a cantora Anitta, que se apresentou na festa, e o ator Rodrigo Santoro, astro de Westworld, da HBO.
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Durante o evento, parte do elenco conversou com os jornalistas no tapete vermelho e adiantou alguns aspectos da trama. Elena Soarez, roteirista da produção, revelou que entrou na série a convite do próprio diretor José Padilha (nome por trás da série Narcos e dos filmes da franquia Tropa de elite) e comentou sobre as dificuldades em retratar uma história real: "O grande desafio dessa série é o seguinte: você sai de uma investigação pequena e vai abrindo, abrindo, e isso é muito ingrato para a dramaturgia. Então, a grande dificuldade foi desenhar uma dramaturgia que por natureza vai abrindo".

Apesar de O mecanismo retratar uma questão política e real, o elenco tem feito questão de separar a realidade da ficção. O ator Lee Taylor, que dá vida a um dos promotores do Ministério Público na série, foi um dos que comentou o assunto. "Tem figuras emblemáticas nessa série que retratam um pouco o que foi ou o que está sendo, melhor dizendo, essa operação (Lava-Jato). Acho que alguns personagens, de certo modo, transitam entre a realidade e a ficção". Quem também concorda é Enrique Diaz, que interpreta o doleiro Roberto Ibrahim. "Estou tentando realmente raciocinar de forma diferente: ficção e realidade. Não tento fazer essa ponte de forma nenhuma", completa.

A Alessandra Colasantti foi outra atriz de O mecanismo que comentou sobre a relação entre realidade e ficção na série. "É baseado em fatos reis. Mas a personagem é um somatório de vários tipos humanos que a gente foi construindo. Não é em cima de uma pessoa especificamente. Me preparei estudando muito sobre a Lava-Jato. É bem rico e bem interessante, porque é tudo misturado: a nossa realidade e o que a gente esta construindo na narrativa ficcional".

A repórter viajou a convite da Netflix

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