Economia

Inflação afeta imagem do governo

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postado em 13/06/2008 08:10
O Palácio do Planalto acendeu o sinal de alerta. Pesquisas informais realizadas por assessores do presidente Lula mostram que a disparada dos preços dos alimentos, que levaram a inflação a registrar a maior alta para os meses de maio (0,79%) em 12 anos, já está afetando a imagem do governo. As pessoas consultadas disseram estar temerosas de que o dragão que se acreditava domado volte com toda a força, jogando por terra as boas conquistas dos últimos anos. Vários dos entrevistados afirmaram que estão comprando cada vez mais comida. Essa ressalva foi feita, principalmente, pelos mais pobres, justamente os que mais votam em Lula. Segundo duas pessoas que tiveram acesso às pesquisas informais, os consultados pelo Planalto temem que a inflação prejudique o crescimento econômico do país e impulsione o desemprego, um fantasma que ainda ronda os lares brasileiros. A sensação de desconforto trazida pela inflação é tanta, que parte dos entrevistados afirmou ver com bons olhos o aumento da taxa de juros pelo Banco Central, desde que esse movimento dure o suficiente para botar os índices de preços nos eixos. ;Não é à toa que o combate à inflação se tornou a prioridade zero do governo;, ressaltou uma das pessoas consultadas pelo Correio Braziliense. Os números das pesquisas já foram apresentados ao presidente Lula que, nos últimos dias, cobrou, de forma ostensiva, de seus ministros, medidas para evitar que a inflação saia do controle. Para Lula, independentemente de parte do atual aumento de preços vir do exterior, o governo não pode ficar de braços cruzados diante de uma ameaça tão cruel para os mais pobres. Na avaliação do presidente, o país tem condições de se diferenciar em relação ao mundo, que, como um todo, sofre com o recrudescimento da inflação, por ser um celeiro para a produção de alimentos. A ordem de Lula é de que o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, faça o ;impossível;, para ampliar a oferta de comida na mesa dos brasileiros, a preços mais acessíveis. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense

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