Economia

Crise na Coréia do Sul

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postado em 25/10/2008 09:57
A notícia de que a quarta maior economia do continente asiático, a Coréia do Sul, cresceu 3,9% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, aumentou as preocupações de que o país esteja rumando para sua primeira recessão em toda a história. Os dados divulgados pelo Banco da Coréia, o BC do país, fizeram a Bolsa de Seul despencar 10,57% ontem, trazendo as perdas semanais para mais de 20%. A pior semana da bolsa desde maio de 2005. Para agravar o quadro, uma das maiores empresas de eletroeletrônicos do país, a Samsung, anunciou uma queda de 44% no trimestre por conta da redução nas encomendas no exterior, principalmente nos Estados Unidos e Europa. Um problema que já afeta as exportações do país como um todo, extremamente dependente desses dois mercados. ;Essa crise é uma ameaça à economia sul-coreana bem maior do que a crise asiática de 1997;, admitiu o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak, referindo-se ao colapso que obrigou o país a pedir ajuda emergencial de US$ 60 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Interferência Numa tentativa de mudar as expectativas pessimistas da sociedade e o arrocho no crédito entre os bancos do sistema financeiro do país, o governo sul-coreano anunciou uma série de medidas nesta semana, como uma injeção de US$ 130 bilhões no sistema bancário e uma ajuda de US$ 4 bilhões a empreendedores imobiliários endividados em projetos de construção, que podem ser usados na compra de terras ou de apartamentos encalhados. O governo prepara ainda um pacote de estímulo à compra de ações emprestando dinheiro a juros baixos para seguradoras, bancos de investimento e investidores institucionais. Mas as pressões, agora, são para que o Banco Central sul-coreano reduza ainda mais as taxas de juros básicas.

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