Economia

Bush defende mais voz para as economias emergentes

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postado em 13/11/2008 14:31
O presidente George W. Bush defende uma modernização do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, para que as grandes economias emergentes tenham mais peso em suas decisões, segundo o texto de um discurso que fará nesta quinta-feira (13/11), divulgado com antecedência pela Casa Branca. Ele apontou as estruturas regulamentares "ultrapassadas" e práticas medíocres de gestão de risco como causas dos problemas das instituições financeiras, segundo o texto. "Numerosas instituições financeiras na América e na Europa se viram muito endividadas devido a essas estruturas ultrapassadas e práticas medíocres de gestão de risco", segundo o pronunciamento. O presidente ainda alertou para os "momentos difíceis" pelos quais a economia mundial ainda vai passar, mas considerou que as medidas tomadas estão começando a dar resultados. Para que as medidas tomadas pelos Estados Unidos e seus parceiros para lutar contra a crise "façam efeito, será preciso mais tempo, e temos momentos difíceis pela frente", diz o texto do discurso de Bush. "Os Estados Unidos e seus parceiros estão tomando as medidas certas para enfrentar essa crise". Para o presidente, a crise financeira global em curso "não é um fracasso do sistema de livre mercado" e a intervenção do governo para tentar estabilizar as finanças mundiais "não é uma cura geral". "A resposta não é tentar reinventar esse sistema." O presidente ainda apoiaria, segundo o texto do discurso, medidas como: reforma nas regras de contabilidade; a exigência de que os "credit default swaps" (que são instrumentos financeiros que permitem às empresas proteger-se contra o risco de não pagamento de uma dívida); uma revisão das regras de combate a fraudes e manipulação; e coordenação melhor entre leis nacionais e entre países.

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