Economia

Lula diz que G-8 tem efeitos limitados

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postado em 29/03/2009 18:11
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista à rede de televisão norte-americana CNN, veiculada hoje, que o País quer ampliar sua influência. "Queremos ter influência muito maior na política mundial", disse o presidente ao âncora do programa GPS, Fareed Zakaria. O presidente brasileiro acrescentou que busca maior representação para outros países em instituições multilaterais, reiterou que o Brasil quer uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e disse que o G-20 deve se consolidar como fórum de discussões globais por incluir uma gama maior de países do que o G-8. "Queremos que as instituições multilaterais e instituições financeiras não sejam abertas apenas aos americanos ou europeus. (Falo de) instituições como o FMI (Fundo Monetário Internacional) ou Banco Mundial. Queremos abrir estas instituições para que outros países possam participar no centro da tomada de decisões", continuou Lula. Questionado se o G-20 deveria também discutir assuntos como energia e mudança climática, Lula afirmou que concordava com esta avaliação e disse que o G-8, sem os Brics e outros, tem efeito limitado. "Muitos líderes políticos advogam em favor da ideia que deveríamos ter o G-8 mais outros, como um G-13. Dando minha opinião sincera, eu diria que acredito que o G-20 se tornará o principal fórum para que possamos discutir economia, questão climática, paz mundial, pois o G-20 é muito mais representativo, heterogêneo e representa (melhor) a geografia econômica e política (mundial)", observou. O País, ponderou o presidente brasileiro, também quer mudar o conceito do Conselho de Segurança da ONU em termos de membros permanentes. "A geografia de 2009 é diferente de quando a ONU foi criada e, por causa disso, queremos mais países participando do Conselho de Segurança da ONU", argumentou. "Também defendo que o Brasil deveria ter uma cadeira (no Conselho Segurança)." O presidente afirmou que é importante que mais países façam parte do Conselho de Segurança para que "se torne mais representativo para ter mais autoridade política para tomar decisões". O programa veiculado em inglês hoje, foi gravado no dia 16 março, em Nova York, quando o presidente participou de seminário para empresários, investidores e analistas nos Estados Unidos.

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