Economia

Gabrielli contesta TCU e nega superfaturamento em refinaria

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postado em 31/03/2009 16:07
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse nesta terça-feira (31/03) não admitir a hipótese de que tenha havido superfaturamento nas obras iniciais da refinaria Abreu e Lima (PE), conforme apontou o Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o executivo, o TCU utilizou critérios que não são condizentes com a realidade de uma refinaria em construção. "Não admitimos que haja nenhum superfaturamento e estamos na discussão do TCU sobre essa questão. O TCU usou uma tabela do departamento nacional de estradas, que não leva em consideração as especificidades de uma refinaria", afirmou Gabrielli. O TCU apontou que houve um sobrepreço de R$ 53 milhões no valor contratado para os serviços de terraplenagem. A empresa responsável por essa fase da obra é a construtora Camargo Corrêa, principal alvo das investigações da operação Castelo de Areia, deflagrada pela PF (Polícia Federal). O suposto superfaturamento da obra veio à tona com a ação da PF. Em seguida, a Petrobras anunciou a suspensão dos pagamentos relativos à obra que vinham sendo feitos. A análise do TCU acirrou os ânimos da oposição no Congresso Nacional, e a oposição pressiona pela instalação de umaComissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar contratos da estatal. A bancada do DEM (Democratas) na Câmara dos Deputados reúne-se na próxima quinta-feira para discutir a CPI. Gabrielli minimizou a movimentação da oposição. "Estão politizando. Não temos nada a ver com o que o DEM está ou não fazendo. Estamos discutindo com o TCU nossos critérios de preços de terraplenagem, não podemos considerar que os mesmos critérios de terraplanagem de uma refinaria sejam iguais aos de uma estrada, em qualquer lugar do país", observou.

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