Economia

Estrela terá fábrica em Sergipe

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postado em 09/04/2009 13:40
A fabricante de brinquedos Estrela vai destinar R$ 10 milhões à construção de uma nova fábrica na cidade de Ribeirópolis, em Sergipe. A intenção da empresa é aumentar a proporção da produção nacional dentro de seu portfólio. ;De 2006 a 2008, cerca de 50% de nossos brinquedos foram fabricados na China. Queremos que esse número caia para 30%;, diz Carlos Tilkian, presidente da Estrela. A empresa tem outras duas fábricas - uma em Itapira (SP) e outra em Três Pontas (MG). O projeto da nova fábrica já foi pré-aprovado pelo governo de Sergipe e o empreendimento deve gerar 300 empregos diretos na região. A razão para investir na produção nacional foi a crise econômica. ;Desde o início da crise, o câmbio variou mais de 30%, tornando desvantajoso trazer tantos produtos;, diz Tilkian. A unidade nordestina deverá atender aos mercados do Nordeste e Norte do País. ;Esse consumidor gosta de brinquedos maiores em tamanho e menores em preço.; A Estrela vem em um processo de recuperação de mercado desde a década de 90, após a abertura das importações. ;Em 1995, 75% do mercado foi dos chineses e 635 empresas brasileiras fecharam;, diz Synésio Batista, presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). ;Até hoje estamos nos recuperando.; Em 2005, dois fornecedores pediram a falência da Estrela, que conseguiu renegociar sua dívida de R$ 700 mil. O processo desencadeou o cerco aos brinquedos subfaturados no País, e o setor começou a apresentar sinais de melhora. Para este ano, a Estrela tem expectativa de crescer 20%, com lançamentos - da boneca Susi e carros de controle remoto - e aproveitando o encarecimento dos concorrentes importados. Em 2008, segundo Tilkian, a empresa vinha com crescimento de 25% até o terceiro trimestre, mas o Natal fraco fez o índice do ano ficar em 8%. Para o setor, Abrinq prevê crescimento entre 12% e 15%, com faturamento na casa de R$ 3 bilhões em 2009. ;A crise afeta menos os brinquedos porque os pais cortam tudo, menos o presente dos filhos;, diz Batista.

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