Economia

Lucro da Nokia cai 90% a US$ 160 mi no 1º trimestre

;

postado em 16/04/2009 09:37
A sueca Nokia, maior fabricante mundial de telefones celulares, informou nesta quinta-feira (16/04) que registrou uma queda de 90% no lucro líquido do primeiro trimestre deste ano, para 122 milhões de euros (US$ 160,7 milhões), de 1,22 bilhão de euros obtidos no mesmo período do ano passado. No período entre janeiro e março de 2009, a receita da empresa foi de 9,27 bilhões de euros, ante 12,66 bilhões em iguais meses de 2008. Analistas esperavam lucro de 306 milhões de euros e receita de 9,8 bilhões de euros. A retração econômica mundial e a forte concorrência de outros fabricantes de celulares continuaram a prejudicar os resultados da Nokia que, no entanto, considera que há sinais de que o mercado vem se estabilizando, após a redução dos estoques de aparelhos por operadoras e distribuidoras. "Há alguns sinais de relativa estabilidade, e eu enfatizo o 'relativa', no mercado", afirmou o diretor financeiro da Nokia, Rick Simonson, em entrevista à Bloomberg TV. Apesar dos resultados do primeiro trimestre de 2009 terem ficado abaixo do esperado, os investidores ficaram satisfeitos com a perspectiva de estabilidade da empresa e a volta da previsibilidade no mercado de celulares. A Nokia manteve sua previsão de que o volume de vendas da indústria de aparelhos celulares irá cair 10% em 2009, o que seria o pior resultado de sua história. A maior parte desse declínio deverá ocorrer nos seis primeiros meses do ano. No segundo semestre, as vendas devem ficar estáveis. A companhia disse que espera aumentar sua participação no mercado este ano, após a estabilidade no primeiro trimestre, com a fatia de 37% do mercado. A Nokia vendeu 93,2 milhões de aparelhos celulares no período entre janeiro e março deste ano, o que representa uma queda de 19% ante o mesmo período do ano passado e de 18% ante o trimestre imediatamente anterior. "Os estoques nos canais de vendas diminuíram substancialmente durante o primeiro trimestre", afirmou o executivo-chefe da empresa, Olli-Pekka Kallasvuo. Para ele, embora tenha prejudicado as vendas dos três primeiros meses do ano, a redução de estoques significa que a demanda será mais previsível no segundo trimestre.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação