Economia

Obama fará pronunciamento sobre a GM

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postado em 31/05/2009 20:42
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falará nesta segunda, às 12h55 de Brasília, sobre a reestruturação da indústria automotiva americana, num momento em que o fabricante General Motors (GM) deve acolher-se à lei de quebra, anunciou neste domingo (31/05) a Casa Branca. Obama falará ao vivo pela televisão "sobre a indústria, quando expira, justamente o prazo dado para a General Motors" de apresentar um plano de recuperação viável, se desejar ser favorecida pela ajuda do poder público. O presidente da GM, Fritz Henderson, concedeu entrevista à imprensa hoje à tarde em Nova York, cidade onde o ex-número um mundial do automóvel deverá apresentar-se ante o tribunal de falência. Segundo ele, a segunda-feira será o dia D para o setor. "As palavras 'GM em quebra' deixam muitos americanos de minha geração em estado de comoção econômica", disse domingo no Wall Street Journal o escritor P.J. O'Rourke. Segundo ele, isso "é tão perturbador como ouvir falar de fotos da mãe nua". Neste domingo, os credores que estão em poder de 54% da dívida obrigatória da montadora americana General Motors (GM) aprovaram o plano de reestruturação apresentado pelo Departamento do Tesouro, informou um porta-voz da empresa. Os 54% envolvem 975 instituições, afirmou à AFP o porta-voz da comissão 'ad hoc' de credores, Elliot Sloane. O Tesouro havia estabelecido o sábado como prazo final para que os credores se pronunciassem sobre o plano que pretende criar um novo grupo, sem as atividades que provocaram as maiores perdas à GM. O ex-número um mundial do automóvel, que aposta na via judicial para sua posterior recuperação, viu suas ações caírem 33%, situando-se, na sexta-feira em menos de 1 dólar na Bolsa de Nova York, pela primeira vez desde 1933. O destino das fabricantes de carros centrava a atenção em meios políticos e econômicos neste domingo, em debates na televisão americana. "É um momento verdadeiramente triste para nosso país", disse Mitt Romney, ex-aspirante à candidatura presidencial 2008 do Partido Republicano. "Adoro os carros americanos. Meu coração está partido pelo pessoal de Michigan e Detroit, por todos esses trabalhadores da indústria automobilística", disse Romney em entrevista ao canal Fox. No final do ano passado, a GM somava 244.000 empregados em todo o mundo, a metade deles nos Estados Unidos. O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, qualificou o resgate das montadoras de "grande erro", considerando que o poder público esperou muito para exigir da GM e da Chrysler que se declarassem em quebra. McConnell citou como exemplo, em entrevista à CNN, o segundo fabricante dos Estados Unidos, a Ford, "que continua produzindo veículos sem a ajuda do Estado". "Todos compreendemos que o Estado precisasse intervir como o fez", disse à NBC Anne Mulcahy, proprietária da Xerox. "Mas é preciso, também, um plano de saída", enfatizou.

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