Economia

Cai inflação da baixa renda

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postado em 06/06/2009 08:42
O indicador que mede a variação de preços para as famílias de baixa renda se desacelerou. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a alta do Índice de Preços ao Consumidor ; Classe 1 (IPC-C1), referente às despesas de consumo das famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos (de R$ 415,00 a R$ 1.037,50), passou de 0,73% em abril para alta de 0,69% em maio. Com o resultado, até maio, o indicador acumula alta de 2,84% em 2009 e de 5,55% nos últimos 12 meses. Segundo a FGV, a desaceleração da inflação no segmento da baixa renda se deve à menor taxa de inflação, ou início de deflação, dos grupos Alimentação (de 0,85% para -0,08%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,40% para -0,02%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,53% para 1,17%). Já os grupos que tiveram aumento do ritmo de inflação em maio em relação a abril foram: Habitação (de 0,27% para 1,27%), Vestuário (de 0,39% para 0,78%) e Despesas Diversas (de 4,67% para 7,15%). Com base no comportamento dos preços de alimentos no atacado, o economista da FGV, André Braz, disse ter expectativa de queda de preços ou, pelo menos, de recuo da inflação em alguns itens. Ele citou carne, arroz, feijão, pão, óleo de soja, aves e ovos. Braz observou que o trigo, por exemplo, em baixa no atacado em abril, influencia itens como macarrão e biscoito, além do pão. Segundo o economista, o grande vilão é o leite. De janeiro a maio, o leite longa vida subiu 20,20%, a maior alta para o período desde 1996, quando foi de 21,39%.

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