Economia

Justiça de SP decreta falência da Arapuã

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postado em 13/06/2009 10:24
O juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais rejeitou na última terça-feira o pedido de recuperação judicial da Arapuã, levando-a à falência. A quebra da varejista já havia sido decretada em março deste ano pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pedido da Evadin, credora da companhia. A decisão deve pôr um ponto final nas sucessivas tentativas da família Simeira Jacob, controladora da Arapuã, de ainda manter viva a empresa, mesmo em sérias dificuldades. Depois de ter a falência decretada, em março, os advogados da Arapuã ainda vislumbraram a possibilidade de evitar a quebra da companhia com um pedido de recuperação judicial. A justificativa era de que isso já havia sido feito por outras empresas que, assim como ela, faliram no regime anterior à nova Lei de Falências. A varejista foi uma das maiores redes de eletroeletrônicos do país até 1998, quando pleiteou a concordata. Há um ano, as 14 lojas que ainda restavam da Arapuã passaram a vender vestuário popular, com o nome fantasia Sete Belo, já que a empresa não conseguia mais crédito com os fornecedores de eletrodomésticos. Desde que a empresa pediu concordata, há 11 anos, o empresário Leo Kryss, dono da Evadin, vem empreendendo uma batalha nos tribunais contra a família Simeira Jacob, pedindo a quebra da Arapuã. Ex-fabricante dos televisores com a marca japonesa Mitsubishi no Brasil, a Evadin era uma das maiores fornecedoras da Arapuã e sentiu-se enganada por ela. A seu pedido, a Arapuã teve sua falência decretada ainda em 2002, mas a varejista conseguiu reverter a decisão em 2003, quando o TJ aprovou o plano de salvamento da empresa. Segundo o advogado da Evadin, André Gondinho, do escritório Dória, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados, a fabricante de televisores é a maior credora da Arapuã e tem a receber mais de R$ 300 milhões.

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