Economia

Caixa Econômica chega à Venezuela

A pedido de Lula, banco ajudará Hugo Chávez a financiar urbanização de favelas

postado em 08/08/2009 08:44
A Caixa Econômica Federal abrirá escritório na Venezuela para apoiar políticas públicas locais. A chegada do banco à capital venezuelana atende a apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empenhado em colaborar com o amigo Hugo Chávez. O projeto faz parte também dos planos do governo de ampliar a presença de empresas brasileiras no exterior. Mas até o momento, os maiores beneficiados foram os vizinhos da América do Sul. Com a Caixa em Caracas, o presidente venezuelano lançará o Plano de Desenvolvimento Sustentável para as Favelas de Caracas. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, o apoio brasileiro será apenas técnico. %u201CO acordo de cooperação estabelecido entre a Caixa e a Venezuela é para prestar apoio ao governo venezuelano em projetos de inclusão bancária, urbanização de comunidades e ações sociais sustentáveis, desenvolvimento urbano e financiamento habitacional%u201D, diz um comunicado do banco. Apesar de listar apoio a financiamento habitacional, a Caixa não pretende, em princípio, bancar a construção de residências no país. Somente repassará para o governo venezuelano os modelos que usa no Brasil para financiar casas populares. Ainda não há prazo e local para o banco instalar um escritório em Caracas, capital da Venezuela, mas um nome já foi escolhido para ocupar o posto. O chefe do escritório venezuelano da Caixa será o funcionário de carreira Álvaro Augusto Hall, que está em viagem ao país. A Caixa entrou no mercado internacional em 2004, quando começou a atuar no Japão e nos Estados Unidos. Em 2005, fechou parceria com um banco português e, agora, em 2009, chega à Venezuela. O banco tem acordos de cooperação técnica com Namíbia, Moçambique, Guatemala, Marrocos e República Dominicana. Os próximos objetivos são Cabo Verde, Nicarágua e São Tomé e Príncipe. Há uma semana, o presidente Lula declarou que o Brasil precisa ocupar os espaços que ainda não foram preenchidos pelas grandes potências. A estratégia é buscar os países da América do Sul e África como parceiros. %u201CSe o Brasil não tomar essa posição, alguém vai fazer%u201D, disse o presidente. Além da Venezuela, o Brasil está presente na Bolívia, com operações de gás natural e no Paraguai, com a usina de Itaipu. Ainda de acordo com o presidente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social vai atuar de maneira mais intensa nesses mercados.

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