Economia

Crise na América Latina está atrelada às decisões da UE, diz Iglesias

postado em 26/10/2011 14:17
Os países da América Latina, incluindo o Brasil, deverão sofrer os impactos da crise econômica internacional. Mas os efeitos sobre os latino-americanos dependerão diretamente das decisões que serão tomadas pelos líderes da União Europeia, reunidos hoje (26/10) em Bruxelas, na Bélgica. A análise é de Enrique Iglesias, ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Iglesias disse que vai se reunir na semana que vem com representantes dos governos da Espanha e de Portugal que o atualizarão sobre as decisões em Bruxelas. "A partir dessa avaliação é que poderemos saber que tipos de reflexos podem ocorrer [na América Latina] e o que deve ser feito [para combater os impactos da crise econômica internacional]", acrescentou.

O ex-presidente do Banco Mundial disse ainda que apesar das dificuldades causadas pela crise, o momento político mundial é positivo, o que favorece o desenvolvimento Norte e Sul ; referindo-se aos continentes.

"No contexto da América Latina, o desenvolvimento atual está ligado ao crescimento asiático;, ressaltou Iglesias, uma vez que a China passou a ser principal parceiro econômico da maioria dos países latino-americanos.

;A nossa preocupação é para onde vai a humanidade. Estamos em um momento mais seguro, pois há a consolidação da democracia em vários países mas, ao mesmo tempo, o conjunto de fatores torna tudo mais vunerável. Isso porque estamos em um Planeta que quando ocorre algo em um setor importante, o reflexo aparece logo em outro local;, disse Iglesias.

O ex-presidente do Banco Mundial está em Assunção para participar da 21; Cúpula Iberoamericana nos dias 28 e 29, que discutirá o crescimento econômico dos países da América do Sul e o desaquecimento da economia mundial. Até o começo desta semana, a presidenta Dilma Rousseff havia confirmado presença na cúpula. Mas hoje, por meio de sua assessoria, ela cancelou a viagem ao Paraguai.

Para Iglesias, os líderes latino-americanos presentes na Cúpula devem buscar uma resposta imediata para reagir aos impactos da crise econômica internacional.

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