Economia

BC engrossa queixas de Dilma contra juros exagerados cobrados pelos cartões

Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 13/09/2012 08:41
Alexandre Tombini: não há como os encargos do crédito rotativo serem de 10,7% ao mês e a Selic de 7,5% ao ano
Depois da presidente Dilma Rousseff mostrar toda a sua indignação, ontem foi a vez de o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reclamar dos juros altos cobrados pelos cartões de crédito. Não sem motivo. Ente julho e agosto, conforme levantamento realizado pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), os bancos reduziram os encargos em quase todas as linhas de empréstimos e financiamentos. A exceção foi o crédito rotativo do cartão, com taxa média de 238% ao ano.

O queixume de Tombini só não foi maior porque, segundo ele, felizmente, a rolagem de dívidas no cartão ainda representa pouco dentro do mercado de crédito no país. São R$ 40 bilhões, ou 10% do total de recursos liberados pelos bancos e administradoras. O que assusta o governo é o fato de esse mercado estar se expandindo muito rápido ; 20% ao ano ;, sobretudo entre a população de baixa renda, que não tem o conhecimento necessário para administrar as finanças. Por isso, de cada 100 pessoas que devem no cartão, 30% estão com as faturas em atraso, um índice quase quatro vezes maior do que o calote médio, de 8%.



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