Economia

Desemprego na Eurozona bate recorde e atinge 11,4% no mês de agosto

Agência France-Presse
postado em 01/10/2012 07:02
Bruxelas - O desemprego na Eurozona bateu recorde em agosto, a 11,4%, arrastado pela Espanha, onde o índice foi de 25,1%, anunciou a agência oficial de estatísticas Eurostat.

Em agosto, o desemprego alcançou 11,4% (18,196 milhões de pessoas) na zona do euro, contra 11,3% em julho, segundo a Eurostat. A Espanha registrou taxa de 25,1% e ficou à frente da Grécia (24,4%, segundo os últimos dados disponíveis de junho). O resultado equivale a um aumento de 1,2% na comparação com o resultado no mesmo mês em 2011 (10,2%). Este é o 16; mês consecutivo no qual o desemprego supera 10% da população ativa no bloco, integrado por 17 países.

Entre os países da zona do euro, a Áustria tem a menor taxa de desemprego (4,5%). Em seguida aparecem Luxemburgo (5,2%), Holanda (5,3%) e Alemanha (5,5%). Em agosto, 18,196 milhões de pessoas estavam sem trabalho na Eurozona, 34.000 a mais que em julho. Ao mesmo tempo, 25,466 milhões de pessoas estavam desempregadas em agosto na União Europeia (UE), o que equivale a um aumento mensal de 49.000 pessoas.

[SAIBAMAIS]Os números são devastadores no momento em que vários países aplicam medidas de austeridade exigidas por Bruxelas para sair de uma prolongada crise da dívida. Na semana passada, a Espanha viveu dias agitados, com manifestações contra a austeridade e o anúncio de eleições antecipadas na Catalunha, uma das mais ricas das 17 comunidades autônomas espanholas. Antigo motor econômico da Espanha, a Catalunha tem uma dívida de quase 44 bilhões de euros, o que equivale a 22% do Produto Interno Bruto (PIB).



A Espanha, quarta economia da zona do euro (12% de seu PIB), está sob pressão dos mercados e de alguns sócios europeus para pedir um grande resgate de sua economia, mas o governo de Madri afirma que ainda não tomou uma decisão a respeito, por temer as rígidas condições que seriam impostas. Na semana passada, o governo de Mariano Rajoy apresentou um projeto de orçamento austero para 2013 e o plano de reformas, muito criticados pela população.

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