Economia

Ação conjunta resgata 29 trabalhadores em regime de escravidão na Bahia

Ministérios Público do Trabalho e do Trabalho e Emprego comandaram a operação

postado em 15/04/2013 18:49
Uma operação dos ministérios Público do Trabalho (MPT) e do Trabalho e Emprego (MTE) do estado da Bahia resgatou ontem 29 trabalhadores que exerciam suas funções em condições análogas às escravas na empresa avícola Mauricéa Alimentos, em Barreiras (BA). Os operários trabalhavam no apanhamento de frangos, que eram armazenados em caixas para o transporte

A empresa tem 10 dias para conceder aos ex-empregados uma indenização trabalhista. De acordo com a assessoria do MPT, os funcionários trabalhavam sem infraestrutura, pagavam pelas camas em alojamentos improvisados, além de arcar também com o custo dos equipamentos de proteção individual.

O MPT/BA deve abrir um inquérito para tentar chegar em um acordo com a empresa e que pode exigir, dependendo da conduta da empresa nos próximos 10 dias, uma indenização moral por danos coletivos. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a Mauricéa alegou que os operários eram terceirizados de uma outra empresa.



O procurador-geral da República, representante do MPF em Barreiras, José Ricardo Teixeira, afirmou que os líderes da Mauicéa responderão em liberdade mas poderão ser presos ao fim da investigação, que ainda está em curso. "A participação dos donos da Mauricéa e da empresa terceirizada tem que ficar mais clara. É importante enfatizar que qualquer um que tenha contribuído com o crime (de forçar operários a trabalharem em condições análogas às escravas), poderão ser presos", afirmou.

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