Economia

Despesas com o auxílio crescem, mesmo com os baixos índices de desocupação

Governo vê indícios de fraude e vai apertar os controles

postado em 09/07/2013 09:03
Governo vê indícios de fraude e vai apertar os controlesO Brasil vive uma verdadeira farra do seguro-desemprego. Mesmo com a taxa de desocupados nas mínimas históricas, as despesas com o benefício batem recorde a cada ano. Além da alta rotatividade dos trabalhadores, fraudes elaboradas em comum acordo entre patrões e funcionário elevam expressivamente o gasto do poder público com o auxílio. Preocupado com esse ralo de dinheiro, e diante da necessidade de economizar recursos para atingir a meta de superavit primário de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), o governo pode desengavetar um projeto para tornar a fiscalização mais rigorosa e mais severas as punições aos envolvidos nos esquemas de desvio. Este ano, as despesas com o benefício devem chegar a R$ 45 bilhões.

[SAIBAMAIS]Entre 2007 e 2013, enquanto a taxa de desemprego caiu quase pela metade, o gasto com o auxílio cresceu 153%. O problema de fraudes e de alta rotatividade de trabalhadores já havia sido detectado pelo Palácio do Planalto. A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), ainda na gestão de Moreira Franco, fez o diagnóstico da situação e começou a preparar sugestões para a presidente Dilma Rousseff e para o Ministério do Trabalho. Com a mudança no comando da pasta, o projeto foi engavetado, mas, nas últimas semanas, voltou ao debate ; agora, pode ser ressuscitado pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda. Os mais otimistas no governo falam na possibilidade de reduzir quase em 50% o gasto anual com o benefício.

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