Economia

Após atualização, planos de sáude devem cobrir 37 remédios contra o câncer

Também faz parte da mudança, a implementação de outros 44 procedimentos, o aumento de cirurgias e de técnicas de radioterapia. A atualização ocorre a cada 2 anos

postado em 21/10/2013 11:33

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) atualizou nesta segunda-feira (21/10) o rol de cobertura mínima dos planos de saúde. Com a mudança, os beneficiários terão direito a 87 novos procedimentos -- incluindo 37 medicamentos orais para câncer --, além da ampliação de outros 44 tratamentos e exames. O novo rol foi estabelecido por uma série de grupos técnicos e, após isso, enviado para consulta pública. O número de consumidores que contribuíram foi recorde esse ano: 7,3 mil pessoas opinaram. As modificações entram em vigor em 2 de janeiro de 2014.

[SAIBAMAIS]Entre as mudanças, estão incluídas 28 cirurgias por videolaparoscopia, procedimetnos menos ivasivos e que reduzem o tempo de internação, tratamento de dores crônicas nas costas, uma nova técnica de radioterapia e a obrigatoriedade de fornecimento de bolsas coeltoras intestinais ou urinárias para pacientes. Além disso,o número de sessões com psicólogos, fonoaudilógos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais aumentou de seis para 12 em alguns casos.


O impacto das mudanças só será incorporado às mensalidades, segundo o presidente da agência, André Longo, em 2015. A reguladora ainda não tem uma estimativa de quanto deverá ser reajustado em razão do rol, mas Longo já adianta que, historicamente, esse percentual é baixo. "O maior peso do rol no reajuste das mensalidades foi de 1,1% em 2011, referente à atualização da cobertura obrigatória de 2010", afirma.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, completa. "O rol nunca foi o principal responsável pelo impacto no reajuste. Na verdade, esse valor é mínimo perto das outras variáveis, como a inflação médica", pontua. Neste ano, dos 9% reajustados aos boletos pagos pelos usuários dos convênios, 0,7% eram referentes ao rol. Além disso, de acordo com Longo, a implementação de novas tecnologias permite aos planos aposentar tecnologias antigas e diminuir o número de internações. Por isso, o impacto tende a ser baixo.

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