Economia

STF ouve Advocacia Geral da União durante julgamento da correção monetária

No primeiro dia de julgamento de planos econômicos dos anos 1980 e 1990, foi de intenso embate entre os advogados dos bancos e o único defensor que falou em nome dos depositantes em cadernetas de poupança

Paulo Silva Pinto
postado em 28/11/2013 08:06
O primeiro dia de julgamento de planos econômicos dos anos 1980 e 1990, no Supremo Tribunal Federal (STF), foi de intenso embate entre os advogados dos bancos e o único defensor que falou em nome dos depositantes em cadernetas de poupança. A decisão, no entanto, ficou para 2014, após o recesso forense. Nesta quinta-feira (28/11), a Corte ainda ouve outros representantes dos poupadores e a Advocacia Geral da União (AGU). A questão tem mobilizado o governo, que destacou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para alertar os integrantes do Supremo sobre as repercussões da sentença sobre a economia e o sistema financeiro.

[SAIBAMAIS]O Palácio do Planalto teme que, se as instituições financeiras forem obrigadas a modificar a correção monetária aplicada às cadernetas na época, o país seja jogado em uma recessão por falta de crédito. A autoridade monetária estima que, se os bancos tiverem que pagar integralmente a fatura, que pode chegar a R$ 150 bilhões, a oferta de empréstimos e financiamentos no país encolheria em R$ 1,35 trilhão. As contas públicas também seriam afetadas pela queda de R$ 60 bilhões na arrecadação de impostos, um problema potencializado pelas agências internacionais de classificação de risco, que podem rebaixar a nota soberana do Brasil em 2014.



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