Economia

Jovens representam 43% do total dos sem-ocupação da América Latina

"É urgente passar da preocupação para a ação. Estamos diante de um desafio político", destacou Elizabeth Tinoco, diretora regional da OIT

Vera Batista
postado em 14/02/2014 08:05

O maior desafio, de acordo com a OIT, são os 4,6 milhões de jovens em total desalento, que não se encaixam em nenhuma dessas categorias

O desemprego juvenil na América Latina ainda é um grave problema social. Contido, o crescimento econômico da região não foi capaz de abrir novas oportunidades, e muitas pessoas entre 15 e 24 anos continuam sem emprego ou na informalidade, alertou o relatório Trabalho decente e juventude na América Latina: políticas para ação, da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O levantamento apontou que há na área 108 milhões de jovens, dos quais apenas 56 milhões têm trabalho ou procuram uma atividade laboral. Outros 21,8 milhões, o equivalente a 20,3%, não estudam nem trabalham: são os chamados ;nem nem;. Desse total, 30% são homens e 70%, mulheres.



O maior desafio, de acordo com a OIT, são os 4,6 milhões de jovens em total desalento, que não se encaixam em nenhuma dessas categorias. Eles são considerados o ;núcleo duro;, pois estão em risco de exclusão social. A taxa de desemprego juvenil continua sendo o dobro da geral e o triplo da dos adultos. As pessoas entre 15 e 24 anos são 43% do total dos sem-ocupação da América Latina, segundo a OIT, e, de todos os assalariados, apenas 48,2% têm contrato assinado, em comparação com 61% dos adultos.

[SAIBAMAIS];É urgente passar da preocupação para a ação. É evidente que o crescimento não basta. Estamos diante de um desafio político que demanda vontade na aplicação de políticas inovadoras e efetividade para enfrentar os problemas da precariedade laboral;, destacou Elizabeth Tinoco, diretora regional da OIT para a América Latina. Baseado em dados levantados referentes ao período entre 2005 e 2011, o relatório da organização constatou que, embora o desemprego dos jovens tenha diminuído de 16,4% para 13,9% no período, 55,6% dos ocupados têm baixos salários e pouca proteção dos direitos.

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