Economia

Prévia do PIB mostra que Brasil pode entrar em recessão, segundo BC

O IBC-Br, calculado pelo Banco Central, aponta retração da economia nos terceiro e quarto trimestres de 2013. Analistas refazem as contas e projetam crescimento máximo de 1,5% para o Produto Interno Bruto deste ano

postado em 15/02/2014 08:00
A palavra recessão por anos causou calafrios aos brasileiros. Após um período de esquecimento, ela voltou a dar as caras no país em 2009, logo depois do estouro da maior crise econômica mundial desde 1929, e pode ser ouvida muito em breve. No jargão econômico, recessão técnica é quando a economia cai durante dois trimestres consecutivos. Foi isso o que aconteceu entre julho e dezembro de 2013, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), visto pelo mercado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB).

No quarto trimestre do ano passado, o indicador teve queda de 0,17%. Três meses antes, havia recuado 0,21%. Os números indicam que a economia brasileira encolheu durante metade do ano passado. Não fosse o crescimento mais forte registrado entre janeiro e junho, de 1,88%, o indicador do BC teria encerrado 2013 no vermelho. No cômputo geral, apresentou alta de 2,57%, em função, também, da comparação favorável com o desempenho fraco de 2012.

Para que esses números confirmem o quadro de recessão técnica, é preciso que o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,) tenha encolhido por dois trimestres consecutivos. Esse quadro hoje é visto como possível pelos especialistas. ;Esperamos um número muito próximo de zero para o PIB do quarto trimestre, mas há uma chance real de que o resultado seja negativo;, disse. Entre julho e setembro, a atividade encolheu 0,5%, causando comoção no governo.

Ainda pior do que a economia ter encolhido durante a segunda metade de 2013, afirmou Thadeu Filho, é o fato de que a esperada reação projetada para este ano ainda não aconteceu. ;Não descartamos a possibilidade de que o PIB entre janeiro e março também tenha retração;, afirmou. ;Caso isso aconteça, não serão dois, mas três trimestres consecutivos de queda na economia brasileira, o que é muito ruim;, apontou.

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