Economia

Leilão de energia bate recorde de inscrições, diz presidente da EPE

O leilão de setembro vai incluir projetos termelétricos a gás natural, responsáveis pela maior oferta de nova capacidade instalada no certame e ainda projetos de energia eólica

postado em 02/06/2014 17:05
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) recebeu 1.041 inscrições de empreendimentos de energia, em um total de 50,9 mil megawatts (MW), para o leilão A-5/2014, marcado para o dia 12 de setembro deste ano, que vai entregar energia para 2019. Os projetos ainda passarão por processo de habilitação.

Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, a quantidade de inscrições para o leilão superou as expectativas do governo e não tem similares em todo o mundo. ;É um recorde não só brasileiro, mas mundial. Não se tem notícia de nenhum leilão com mais de mil projetos interessados em participar. A maioria é de projetos privados. Isso é muito bom porque indica o interesse do capital privado em investir no setor elétrico e de que teremos projetos suficientes para atender à demanda das distribuidoras;, analisou.

O leilão de setembro vai incluir projetos termelétricos a gás natural, responsáveis pela maior oferta de nova capacidade instalada no certame e ainda projetos de energia eólica, que, segundo o presidente da EPE, têm se tornado importantes para a matriz brasileira.

Já o leilão da próxima sexta-feira (6), para usinas que vão entregar energia em janeiro de 2017, vai completar a oferta que já foi contratada em leilões anteriores. ;Nós temos uma boa expectativa para este leilão dado o número de empresas habilitadas ;, disse Tolmasquim. O certame recebeu 268 inscrições de interessados.


Tolmasquim participou hoje (2), na Fundação Getulio Vargas (FGV), do 4; Seminário Sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, promovido pela FGV Energia e o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), para analisar o modelo energético brasileiro com as perspectivas e desafios do setor.

Segundo presidente da EPE, a diversidade de fontes de energia na matriz brasileira tem contribuído para dar mais segurança ao setor. ;A gente está diversificando cada vez mais. Com o leilão de reserva, a gente vai ter um produto específico para [energia] solar e para resíduos sólidos além da eólica, com a ideia de poder ir diversificando a matriz;, avaliou.

Na avaliação do presidente, o acompanhamento do setor elétrico indica que algumas térmicas poderiam ser desligadas, mas por prudência, provavelmente, não será essa a decisão do governo. ;O modelo está indicando que só precisaria despachar as térmicas até R$ 600 por megawatt/hora, o que daria a segurança necessária. Ou seja, isso é um sinal indireto que a situação está melhorando;, disse.

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que diante deste cenário, há possibilidade de desligar as térmicas com custo mais alto, mas este não é o caso. ;Não pretendemos e a avaliação será feita na semana que vem;, disse. A análise será feita na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

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