Economia

Rigorosos na concessão de crédito, bancos se protegem com medo de calote

Parte do pessimismo se deve aos juros altos, à inflação em disparada e à piora da economia, que poderá resultar em aumento do desemprego já a partir de 2015

postado em 15/08/2014 06:02
Os bancos estão cada vez mais rigorosos na hora de conceder crédito, e não é para menos. Com o brasileiro atolado em dívidas e com o orçamento doméstico estrangulado pela escalada da inflação, o temor é de que o consumidor, mais cedo ou mais tarde, não consiga pagar os empréstimos. Para se precaver de prejuízos, as instituições financeiras estão aumentando as provisões contra perdas. Apenas em junho passado, esse colchão utilizado para momentos de incerteza chegou a R$ 135,2 bilhões, o maior valor já declarado pelas instituições ao Banco Central (BC) desde julho de 1993.



Mais de metade desse montante é destinado a cobrir possíveis prejuízos com clientes que estão em atraso há pelo menos três meses. Levantamento feito pelo Correio em dados do BC mostra que, em junho, os bancos separaram R$ 107 bilhões em provisões para esse tipo de crédito.

Em situação ainda mais delicada estão os empréstimos enquadrados na letra H, segundo classificação adotada pelas instituições financeiras. Nessas operações, o crédito é dado como perdido. Não por outro motivo, as instituições separam R$ 72 bilhões para conter possíveis calotes apenas nessas linhas. ;Elas estão tirando o pé do acelerador e colocando no freio;, disse Luis Santacreu, analista da agência de risco Austin Rating.

(Colaborou Rodolfo Costa)


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