Economia

Colocar novas instituições para funcionar é desafio do Brics, diz FMI

Banco de desenvolvimento do Brics terá sede em Xangai, na China, e a primeira presidência será exercida por um representante da Índia

postado em 19/08/2014 16:15
Ao participar nesta terça-feira (19/8) do 2; Congresso Internacional do Centro Celso Furtado, no Rio de Janeiro, o diretor executivo para o Brasil do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista Jr., avaliou que a criação do banco de desenvolvimento dos países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e a constituição de um fundo contingente de reservas vão fortalecer mais o grupo na esfera da governança global do que na área econômico-financeira.

Paulo Nogueira:

Nogueira Batista destacou entretanto que, a partir de agora, a dificuldade dos cinco países do Brics será colocar em funcionamento as novas instituições criadas em Fortaleza.;Agora tem o trabalho duro, menos charmoso, de colocar as instituições para funcionar", manifestou. Ele completou que esse trabalho é fundamental para o futuro do Brics.



[SAIBAMAIS]O economista deixou claro que as iniciativas, formalizadas pelos países emergentes que integram o Brics em Fortaleza, em julho passado, não implicam rompimento com órgãos de fomento internacionais, como o próprio FMI e o Banco Mundial (Bird). ;Nenhum desses países do Brics quer romper com Bird ou FMI, mas eles não encontram compreensão suficiente de países como os Estados Unidos quanto às mudanças que ocorreram no mundo;, observou.

O banco de desenvolvimento do Brics terá sede em Xangai, na China, e a primeira presidência será exercida por um representante da Índia. O capital inicial autorizado do banco será US$ 100 bilhões e o capital subscrito alcançará US$ 50 bilhões, que serão igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics. Os recursos vão financiar projetos de infraestrutura de países em desenvolvimento.

Já o arranjo contingente de reservas, com montante de US$ 100 bilhões, se destina a socorrer os países do bloco como uma linha adicional de defesa, no caso de enfrentarem alguma dificuldade no balanço de pagamentos.

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