Economia

Cresce ameaça de deflação na zona do euro e a pressão sobre o BCE

Se 0,3% for confirmado após a primeira previsão publicada pelo instituto europeu de estatísticas, Eurostat, será o nível mais baixo registrado na união monetária desde outubro de 2009

postado em 29/08/2014 17:16
Bruxelas - A inflação voltou a baixar em agosto na zona do euro, a 0,3%, reforçando a ameaça de deflação e as pressões sobre o Banco Central Europeu (BCE) para que tome medidas de estímulo à economia.

Se esse 0,3% se confirmar após a primeira previsão publicada nesta sexta-feira (29/8) pelo instituto europeu de estatísticas, Eurostat, será o nível mais baixo registrado na união monetária desde outubro de 2009.

A inflação na zona do euro foi de 0,4% em julho e de 1,3% há um ano. Paralelamente, o instituto italiano de estatísticas Istat anunciou que os preços baixaram cerca de 0,1% anual em agosto, fato inédito no país desde 1959.

Na Espanha, o índice de preços ao consumidor recuou cerca de 0,5% ao ano em agosto, tendência explicada principalmente pela queda de preços do combustível. A baixa inflação de agosto foi alimentada por um retrocesso dos preços dos alimentos e sobretudo de energia.



[SAIBAMAIS]O nível de inflação preocupa porque está muito longe da meta de médio prazo do BCE, um pouco abaixo dos 2%. Outro dado divulgado nesta sexta-feira (29/8) pela Eurostat foi o desemprego na zona do euro, que se manteve estável em julho, a 11,5%, afetando 18,4 milhões de pessoas.

Todos estes elementos mantêm a pressão sobre o BCE para que estimule a economia. Na semana, seu presidente, Mario Draghi, se disse disposto a "ajustar mais a sua política". Os economistas acreditam, contudo, que a instituição não deve de anunciar novas medidas na próxima reunião, marcada para o dia 4 de setembro.

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